'Ex-mendigo' Givaldo já ficou preso por oito anos por sequestro; entenda

O homem saiu da prisão em abril de 2013, após conseguir uma revisão criminal

Givaldo Alves, o ex-mendigo que ganhou fama após ser espancado por um personal trainer em Brasília depois de ter sido flagrado fazendo sexo com a esposa dele, já ficou preso por oito anos, por furto qualificado e extorsão mediante sequestro. Os crimes ocorreram em São Paulo, e ele foi condenado em 2005, saindo da prisão em abril de 2013. 

O caso foi revelado pelo jornal O Estado de Minas. Os processos tramitaram no Fórum Central de Barra Funda, em São Paulo, sendo um 5ª Vara Criminal e outro na 9ª Vara Criminal.

O crime de furto teria sido em 2001, segundo a publicação. Já a extorsão e sequestro ocorreram em 2004, enquanto ele já respondia pelo furto. 

Um especialista criminal que teve acesso aos autos da condenação de Givaldo informou ao jornal que ele teria invadido a casa de uma pessoa junto a duas pessoas armadas. Usando de violência, eles mantiveram a mulher sequestrada, exigindo resgate. 

"Inicialmente, ele foi condenado a 17 anos de prisão por agir com outros três comparsas, o que seria a forma qualificada do crime, por isso a pena tão elevada", comenta. 

Em 2013, ele conseguiu uma revisão criminal, e a pena foi reduzida para oito anos. Segundo o Estado de Minas, a identificação de Givaldo nos processos é difícil, pois no alvará de soltura feito pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) à época são listados três Registros Gerais (RGs) dele. 

Arrependimento

Em vídeo publicado no YouTube, onde tem mais de 10 mil seguidores, o ex-mendigo disse que se arrepende dos crimes.

"A coisa que mais me arrependo, mais me arrependo mesmo, é quando eu ouvi pessoas, no qual eu deixei de ouvir o conselho dos meus pais e ouvi pessoas que se diziam meus amigos, meu 'brother', e aí acabei errando, e, por isso, paguei muitos anos", comenta. 

Segundo Givaldo, o período pós-prisão ainda tem sido difícil, mas que já aprendeu a lição. "Tanto que eu não me envolvi com coisas erradas, e isso já fazem quase dez anos atrás. Para mim, é uma coisa, assim, que cada ano é uma vitória, uma vitória", avalia,