Elize Matsunaga continuará em liberdade condicional, decide Justiça de SP

Atualmente, ela trabalha como motorista de aplicativo, e foi indiciada no mês passado por suposta falsificação de documento

Elize Matsunaga deve permanecer em liberdade condicional. A decisão é da Vara de Execuções Criminais de Franca, em São Paulo. Atualmente, a mulher, que está em liberdade desde maio do ano passado, após cumprir dez anos de regime fechado por matar e esquartejar o marido, em 2012, trabalha como motorista de aplicativo.

O retorno de Elize ao presídio foi solicitado pelo Ministério Público, após ela ser indiciada pela Polícia por utilizar um documento falso em busca de emprego em uma empresa de construção civil, que exigia atestado negativo para antecedentes criminais.

Na decisão, a Justiça determinou que a mulher seguirá com o benefício do livramento condicional, "uma vez que o feito em trâmite na Comarca de Sorocaba está em fase inicial, sem condenação, e que ela tem cumprido as condições que lhe foram impostas".

Falsificação

Elize foi indiciada pela Polícia Civil de Sorocaba, no último mês de fevereiro, por suspeita de uso de documento falsificado. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou ao Metrópoles que agentes de segurança participavam de uma operação rotineira quando identificaram uma pessoa que tentava usar antecedentes criminais falsos.

Uma perícia comprovou a irregularidade e Elize foi chamada para uma delegacia, para prestar depoimento. Ela foi alvo de um mandado de busca e apreensão e teve seu notebook e celular confiscados para análise.

A condução para a delegacia foi relatada pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, no Twitter. "Infelizmente, a reincidência criminal é uma das realidades com as quais nossas polícias se deparam. Ela havia sido solta na progressão de pena que se demonstra um entrave para a segurança pública", escreveu o gestor à época.

Elize Matsunaga

Elize foi condenada, em 2016, por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em maio de 2019, ela ganhou na Justiça a redução da pena em dois anos e seis meses e passou para o regime semiaberto.