Um homem de 23 anos foi morto a tiros em uma loja de jogos caça-níquel, em Belo Horizonte (MG), após chamar uma adolescente e a mãe dela de "barangas". De acordo com a polícia, o suspeito do crime é um policial penal, que seria o pai da jovem e o esposo da mulher que foi ofendida. As informações são do portal g1.
O caso ocorreu no final da tarde de sexta-feira (28) e foi registrado por câmeras de segurança. David Alexandre Castorino Moreira foi baleado três vezes e morreu no local.
Em um aplicativo, David enviou uma mensagem à menina um dia antes do crime. "Se enxerga, garota. Você não é boa o suficiente pra mim. Mais uma vez, obrigado por cumprir seu papel. Trouxa!".
Testemunha crucial para as investigações, uma ex-namorada da vítima disse que o jovem assassinado começou a dar investidas em uma amiga dela, pouco tempo após o término do namoro.
Essa amiga, que seria a adolescente filha do policial penal, afirmou que contaria para a ex-namorada dele o que estava acontecendo. Ele, então, começou a ofendê-la, chamando-a de 'baranga'.
A mãe dela viu a conversa e repreendeu o rapaz, que também chamou a mulher de baranga e a mandou "fazer uma janta". Ele chegou a bloqueá-las nas redes sociais.
"Você não tem o direito de invadir o WhatsApp dela e ficar insultando ela, não. Você vai resolver a sua vida pra lá e não mexe com a minha filha, não. [...] Você vai ver a janta que eu vou fazer. Me aguarde!", disse a mulher.
Diante das ofensas, o policial penal Willian Lopes dos Santos, de 42 anos, pai da menina e esposo da mãe dela, foi até o local de trabalho do jovem para tirar satisfações. Eles começaram a discutir, até que o homem atirou contra a vítima e fugiu. O Samu foi ao local para socorrer o jovem, mas ele já estava morto.
Ciúmes
Segundo a publicação, David morava com a namorada Ana Carolina Lopes há dois anos. Ela disse que David teria enviado a mensagem para a amiga do casal para provocar ciúmes nela após uma briga.
"A gente tinha brigado e terminado. Aí, pra me fazer ciúmes, ele mandou uma mensagem para uma amiga minha falando que queria ficar com ela. Depois falou que, na verdade, nunca ia ficar com ela e que ela era uma 'baranga'. Só isso! A gente era um casal muito feliz", disse a jovem.
Conforme informações da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), o suspeito Willian Lopes dos Santos continua trabalhando como policial penal na Penitenciária Nelson Hungria. O órgão afirmou que as investigações continuam para elucidar o crime e que vai definir quais medidas serão tomadas em relação ao servidor.
A Sejusp informou que a arma usada no crime foi recolhida pela Polícia Civil e destacou que "não compactua com quaisquer desvios de conduta dos seus profissionais".