Os pais da aluna Giovanna Bezerra, de 17 anos, morta durante um ataque a tiros numa escola de Sapopemba, Zona Leste de São Paulo, lamentaram, em entrevista ao "Fantástico", exibida nesse domingo (29), a violência cometida contra a filha.
Para mim é como se tivesse arrancado a metade de mim, a maior metade de mim."
O assassinato aconteceu na última segunda-feira (23), quando um estudante da instituição atacou colegas. Outras três pessoas ficaram feridas, foram atendidas e receberam alta médica no dia seguinte.
Ao "Fantástico", a responsável narrou a incredulidade com a qual recebeu a notícia de que a filha era a vítima do ataque. Ela ainda lembrou a infância da filha e os planos que ela nutria para o futuro.
"Começou a vir aquelas cenas da Gi bebê, e aquilo foi me aliviando, foi me aliviando. Eu não tinha mais a Gi. E eu ficava pensando: 'como é que vou entrar lá em casa? A minha Gi não vai tá lá mais'. Ela era a minha chata, como eu falava. 'Minha chatinha não vai tá lá'", relembrou a mãe da jovem, Mariza Carvalho da Silva, sobre o momento em que soube da morte da filha.
Defino ela como meu amor, como minha vida. Ali tá indo uma parte da minha vida."
Ao serem questionados sobre o que sentirão falta sobre Giovanna, a mãe respondeu que "do sorriso, da brincadeira", enquanto o pai foi categórico ao destacar: "do cheirinho dela".
Eu não vou ter ela fisicamente, mas tenho ela aqui [no coração]. Essa saudade, esse amor, ninguém vai tirar de mim. É o que me conforta um pouco".
Após o ataque, o autor entregou a arma usada à Polícia e foi apreendido. Ele deverá responder ao crime análogo a homicídio, já que é menor de 18 anos. O pai do autor foi indiciado por posse ilegal da arma de fogo que foi usada na ocorrência.
A defesa disse que irá recorrer do indiciamento. Sobre o ataque, o representante disse que apresentará seus argumentos perante a Justiça.