O dono de carro que explodiu próximo à estátua da Justiça na Praça dos Três Poderes, em Brasília, havia feito publicações nas redes sociais sugerindo um ataque com bombas contra alvos políticos. Duas explosões foram registradas na noite desta quarta-feira (13), sendo uma próxima ao Supremo Tribunal Federal (STF) e outra no Anexo IV da Câmara dos Deputados.
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, foi identificado como o dono do carro modelo Kia Shuma, conforme apuração realizada pelo Metrópoles. Ele trabalhava como chaveiro e tinha dois filhos. Ele morava no município de Rio do Sul, em Santa Catarina, mas se mudou para Brasília depois de brigas familiares.
O filho adotivo dele, o chaveiro Guilherme Antônio, detalhou que Wanderley perdeu contato com os familiares e eles estavam sem se falar há meses.
“Ele tinha uns problemas pessoais com a minha mãe e estava muito abalado com a situação, e ele viajou. Foi só isso que ele falou. Ele só queria viajar. A intenção dele era ir para o Chile”.
Ele ainda acrescentou que desconhecia se o pai tinha um motivo especial para ter escolhido Brasília. “Ele foi para Itapema primeiro, depois ele foi para Minas Gerais, Brasília. Depois ele iria viajar para o Chile”, conta.
No entanto, o Secretário Executivo de Segurança Pública Alexandre Rabelo Patury declarou que ainda não é possível confirmar a identidade do homem que estava dentro do carro, nem declarar que era o dono do carro Francisco Wanderley.
Publicações sobre ataques com bomba
Francisco Wanderley fez publicações nas redes sociais sugerindo um ataque com bombas contra alvos políticos, que ele classificou como "comunistas de merda". "Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de matérias etc", escreveu em um texto que prometeu colocar bombas na casa de lideranças políticas.
Ele teria prometido explosões entre 17h48 de hoje e outra no próximo sábado, dia 16 de novembro.
Em 2020, Wanderley chegou a ser candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Rio do Sul, em Santa Catarina.