O Brasil celebra nesta quarta-feira (23) o Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira (FAB). As comemorações acontecem em homenagem ao histórico voo de Alberto Santos Dumont com o 14-Bis, ocorrido em 23 de outubro de 1906.
Nesta data, o Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira foi responsável por colocar a primeira aeronave mais pesada que o ar para decolar por seus próprios meios, proporcionando a entrada do País na vanguarda da aviação mundial.
Na época, o mineiro quebrou o primeiro recorde da história da aviação ao voar 60 metros sem encostar a aeronave no chão, no Campo de Bagatelle, em Paris, diante de uma multidão e da Comissão Oficial do Aeroclube da França. O aparelho subiu 2 metros de altura, o que foi o bastante para a humanidade olhar para cima e para o futuro de forma diferente.
O feito inédito abriu caminho para o desenvolvimento da aviação moderna e também fundamentou a formação da FAB, autoridade responsável pela defesa espaço aéreo brasileiro, que abrange uma área de aproximadamente de 22 milhões de km².
Cerca de 35 anos após o feito de Santos Dumont, a Força Aérea se consolidou no País. Desde então, a corporação atua com a defesa da soberania nacional, atuando em operações de paz, de regastes, de transportes de órgãos e de apoio em situações de emergências.
"O Dia do Aviador e da Força Aérea não apenas celebra a história de conquistas e inovações, mas também reafirma o compromisso contínuo da FAB com a defesa e o desenvolvimento do Brasil. Essa jornada, marcada pela inovação e pelo compromisso com a soberania, é uma fonte de orgulho para todos os brasileiros", afirma a força sobre a data comemorada nesta quarta.
Santos Dumont foi pioneiro da aviação?
Não tem como relembrar os feitos de Alberto Santos Dumont sem mencionar a polêmica dele com dois norte-americanos, os irmãos Wright (Wilbur e Orville), que, na época, alegaram terem sido os pioneiros do voo.
Os pesquisadores históricos explicam que os aviadores não têm registros de voos, com decolagem, dirigibilidade e pouso antes de 1906 sem uso de catapultas — que impulsionavam os aparelhos para o ar.
Em 1908, Santos Dumont, acometido por esclerose, abandonou o voo. Ele faleceu ao atentar contra a própria vida em 1932, num hotel no Guarujá (SP). O biógrafo do aviador, Fernando Jorge, lamentou que o final da vida do genial brasileiro tenha sido de martírio diante da doença e da depressão.
"Ele era um homem tímido e que revelava que não queria casar porque não queria deixar a esposa viúva. De toda forma, o que sempre me impressionou na personalidade dele foi a combinação impressionante da tenacidade, da coragem e da perseverança. Foi um gênio da humanidade", disse à Agência Brasil em 2021.