O desaparecimento de Edson Davi completou dois meses na segunda-feira (4). O menino de seis anos sumiu na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, no dia 4 de janeiro. Nas redes sociais, a mãe dele, Marize Araújo, pediu por justiça, destacando sentir grande saudade do filho.
Em publicação feita na segunda, no Instagram, Marize desabafou: "infelizmente, hoje faz dois meses sem você aqui, é um pesadelo que não passa, a saudade que me sufoca e me tortura, a angústia que tira o ar e a aflição que tira a paz para viver".
"Terrível não ter você aqui, terrível não saber onde você está e injusto o índice de afogamento se baseando em testemunhas de um horário de bem mais cedo, meu filho brincando sempre a beira d’água".
A mãe de Edson questionou o porquê de testemunhas não terem sido chamadas para deixar depoimentos e contribuir com as investigações. "O local que meu filho desapareceu é o ponto cego da praia, quase 7 escadas sem imagem, nesse caso é fundamental ouvir as testemunhas, mas até agora não foram chamadas. Por quê?", disse.
Além disso, cobrou transparência com as investigações. "Tratem as investigações sobre a vida do meu filho com transparência, com dignidade e com respeito tanto com ele quanto com as testemunhas que querem ser ouvidos para ajudar esclarecer o que realmente aconteceu. Todos pelo Edson Davi. Justiça!", finalizou.
Relembre o caso
Edson Davi estava na praia da Barra da Tijuca, onde o pai trabalhava em uma barraca, quando sumiu no dia 4 de janeiro. Segundo o genitor, eles chegaram ao local pela manhã. A ausência do filho foi sentida por volta das 16h50.
O pai relata que estava fechando a conta de alguns clientes quando percebeu que a criança não estava por perto. "Ele está acostumado a ir comigo para a barraca. Conhece todos os funcionários, é obediente. Não iria com estranhos. Mas não sabemos o que pode ter acontecido", testemunhou.
O homem contou ainda que o garoto estava brincando ao lado da barraca, na areia, com duas crianças que aparentavam ter 7 anos.
"Sei que um gringo estava com duas crianças brincando de bola com ele [...] Ele [Edson Davi] se fazendo de goleiro. Nisso, eu atendendo um cliente, fechando conta, quando me dei conta de que meu filho sumiu. Eram 16h50, 17h, quando aconteceu", relatou o pai.
A família acredita que Edson Davi foi sequestrado. No entanto, a principal linha de investigação da Polícia Civil é de um possível afogamento.
Em fevereiro deste ano, o advogado da família de Edson Davi, Marcelo Shad, deixou de representar o caso na Justiça. Conforme o Uol, Marcelo não representa mais os parentes do menino por "questões éticas". "Entendi que não fazia mais sentido eu continuar no caso", declarou o advogado na época.