Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, informou nesta quinta-feira (14) que irá encaminhar para o Instituto Médico-Legal (IML) todo o prontuário médico da vítima do estupro pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra. O objetivo é permitir que as doses de anestésico usadas pelo médico sejam analisadas. As informações são do jornal O Globo.
"Vamos mandar o prontuário dessa vítima para o IML para fazer uma consulta médico-legal. O objeto é que os peritos do IML façam uma consulta das correspondências que estão no prontuário com a droga que apreendemos. O objetivo é ver a dosagem, o que aconteceria com a paciente se fosse uma dosagem excessiva etc", informou delegada.
Ainda segundo a profissional de segurança, a Polícia deve enviar também o vídeo do parto para análise para compreender a necessidade da sedação profunda na paciente.
"Isso tudo vai nos favorecer como prova na investigação. O que eu ouvi é que a quantidade de sedação só seria necessária se a vítima estivesse muito agitada, se estivesse com alguma dor ou se houve complicação , que em seguida teria que ter uma intubação e cirurgia geral. Não teve nada disso", comentou delegada.
Médico teria usado os medicamentos Propofol e Ketamina em sedação
Conforme os relatos colhidos pela Deam, o anestesista usou os medicamentos Propofol e Ketamina nas mulheres logo após o parto. Profissionais da área revelaram espanto com dosagem e uso pelo tipo de sedativos.
Conforme publicação do jornal carioca, em depoimento, uma das enfermeiras de plantão no último domingo relatou que, na cirurgia em que o estupro foi gravado, Giovanni “sedou totalmente a paciente, utilizando Propofol e Ketamina”.
Já outra profissional de enfermagem declarou que, ao fim do procedimento anterior, “a paciente estava bastante sedada, tendo Giovanni utilizado um frasco de Propofol, quantidade a qual a declarante diz ser demasiada, tendo em vista o que outros anestesistas ministram”.