O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal, Edilson Martins da Silva, 47, foi autuado por estupro contra Wendell Galdino da Silva, 21, com quem esteve num motel no sábado (9). Segundo o Metrópoles, após o caso, o agente foi encaminhado para um hospital particular da Asa Norte e segue internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Edilson deveria permanecer recolhido no Núcleo de Custódia da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) após ser autuado por estupro. No entanto, alegou mal-estar.
O caso do coronel veio à público após o jovem ser detido também no sábado por executar disparos aleatórios com uma arma de Edilson dentro do estabelecimento, em Taguatinga Norte. Não houve feridos.
Internado em unidade hospitalar
Um ofício da PMDF detalhou ao site que Edilson foi conduzido por militares ao Instituto de Medicina Legal (IML) antes de ser preso. Porém, declarou estar se sentindo mal por conta de uma lesão no nariz, causada por uma agressão na madrugada de sábado.
Por conta dessa informação, uma escolta policial conduziu o agente até a unidade hospitalar. Lá, foi encaminhado para a UTI em caráter de urgência a fim de ser monitorado. Ainda não há previsão de quando vai receber alta.
Além disso, Edilson relatou ter depressão e esquizofrenia, segundo aponta documento do pedido de internação do coronel. Segundo o Metrópoles, o oficial também afirmou ser usuário de diferentes drogas e, após a briga, teve um surto psicótico e pensamentos suicidas.
Entenda o caso
Ainda de acordo com o Metrópoles, o rapaz afirmou à Polícia ter sido vítima de violência sexual. Ele narrou que foi abordado pelo coronel Edilson Martins quando voltava a pé para casa, depois de se encontrar com um amigo em uma distribuidora de bebidas.
Conforme o relato da vítima, o oficial teria oferecido carona e o convidado a usar drogas. Dentro do carro, o jovem teria percebido que Edilson estava armado e se sentiu coagido a ter relações sexuais com ele.
Em determinado momento, disse o rapaz, Edilson teria passado a mão em sua perna e em seu órgão genital e praticado sexo oral com o carro em movimento. Depois disso, e de consumirem juntos os entorpecentes, o teria levado — contra sua vontade — para um motel.
A entrada no estabelecimento teria sido forçada pelo coronel, que teria apontado a arma para a cabeça do jovem, de acordo com o boletim de ocorrência.
Os disparos com arma de fogo na manhã deste sábado teriam acontecido após os dois se desentenderem e Wendell trancar Edilson no quarto do motel. O coronel confirma o relato do rapaz, mas nega que tenha forçado algo.