O condomínio de luxo onde uma piscina de 25 metros desabou sobre a garagem, em Vila Velha, Espírito Santo, irá construir uma nova raia. Conforme o síndico do residencial Parador, Gilmar Assumpção, a construção do tanque deve custar mais de R$ 1 milhão. As informações são do portal Uol.
O administrador informou que somente o fundo da estrutura foi danificado no incidente, as laterais estão intactas. Porém, toda a área será reconstruída, informou a empresa responsável pela obra.
"Toda a área da lateral da piscina está intacta, mas a construtora disse que vai fazer tudo novamente. Tudo será feito com diálogo dos moradores junto com a empresa", explicou ao portal.
O síndico e a Defesa Civil classificam que não há risco de o residencial desmoronar. O local passará por uma nova avaliação na terça-feira (27). "Uma empresa especializada foi contratada e está acompanhando tudo. Depois da avaliação, decidiremos se vamos voltar", disse Assumpção.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) classificou que seria "irresponsável e incoerente" o retorno dos moradores ao prédio nesse momento. Equipes da entidade visitaram o local após o desabamento, que não deixou feridos.
Análise preliminar
Engenheiros e especialistas da construção civil constataram, durante visita na sexta-feira (23), que o desabamento da piscina causou danos no teto do subsolo, que apresentou deformações devido à carga excessiva recebida pela queda do tanque. A laje e algumas paredes apresentaram trincas e rachaduras.
Além disso, o escoramento da laje de dois pavimentos inferiores ainda não está finalizado. O impacto do incidente afetou também o sistema de gás e a área de evacuação de emergência foi comprometida com o impacto, o que dificultaria a saída no caso de um possível incêndio.
Diante dessas circunstâncias, o presidente do Crea-ES, Jorge Dias, disse que "qualquer decisão pelo retorno dos moradores é totalmente irresponsável, inconsequente e incoerente". A mesma avaliação é feita pelo Corpo de Bombeiros.
O relatório de vistoria feito pelo Crea-ES na sexta será apresentado até a próxima semana.
Causa do desabamento
Jorge Dias analisou a situação e concluiu que a piscina desabou por inteiro, devido à corrosão do aço, engastamento insuficiente entre o fundo da piscina e a viga de sustentação. Para ele, a anomalia pode ter sido resultado de falha de projeto, erro de execução ou, até mesmo, problemas com manutenção.
Escombros
A estrutura que cedeu na última quinta-feira (22) tinha 25 metros e foi construída no ano de 2018 no edifício Parador, onde moram cerca de 270 pessoas. Os escombros foram parar no meio das ruas que ficam no entorno do residencial, e a água saiu pela garagem.
Moradores relataram ter escutado um "forte barulho" quando o fato aconteceu e um "cheiro muito forte de gás", porque ela era aquecida. Alguns deixaram as torres sem mesmo levar nada.