Conheça Rita Lobato, a primeira médica formada no Brasil homenageada pelo Google

O Doodle comemorativo está disponível somente para usuários que acessam a plataforma no Brasil

O buscador Google homenageia, nesta sexta-feira (7), a médica Rita Lobato Velho, primeira mulher brasileira a se formar em medicina no País. A data marca os 158 anos de nascimento da médica.

Ousada e à frente de seu tempo, o espírito pioneiro dela também se repetiu em outras áreas, lhe rendendo os marcos da primeira doutora brasileira, da segunda médica da América Latina e da primeira vereadora do Rio Grande do Sul.

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Quem foi Rita Lobato Velho? 

Nascida em 7 de junho de 1866, no município de São Pedro do Rio Grande, no Rio Grande do Sul, Rita é filha de Francisco Lobato Lopes e Rita Carolina Velho Lopes. As informações são do Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial

Aos 21 anos, ela fez história ao se formar na Faculdade de Medicina da Bahia, a primeira graduação na área do Brasil, se tornando a primeira médica mulher do País. Para conseguir o diploma, teve que enfrentar as restrições e preconceito da época, mas com determinação formou-se em quatro anos num curso que levava seis anos. 

Apoiada pelos pais, primeiro se matriculou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde o irmão mais jovem cursava farmácia. Incomodada pela antipatia de alguns professores com relação ao familiar, ela se transferiu para Salvador, na Bahia.  

Ao morrer durante o parto do filho caçula, a mãe dela não pôde acompanhar a formatura de Rita. O falecimento influenciou a trajetória profissional dela, que prometera à mãe, no leito de morte dela, que ninguém pereceria de parto em suas mãos. Para se formar, ela defendeu uma tese intitulada "Paralelo entre os Métodos Preconizados na Cesariana", temática considerada ousada para época. 

Ao se casar com Antônio Maria Amaro de Freitas, em 1889, dois anos depois da formatura, mudou o nome para Rita Lobato Freitas. Os dois estavam juntos desde a época de escola dela. Ele se formou em Direito no Rio de Janeiro e, após concluir as faculdades, ambos retornaram para o Rio Grande do Sul, onde se casaram e viveram. O casal teve uma filha.    

A médica faleceu quase aos 90 anos, em 1954, após exercer a medicina até os 76 anos.