O jogador de futebol Guilherme Quintino denuncia que foi vítima de racismo em uma loja Zara do Rio de Janeiro. Em protesto ao caso, clientes devolveram compras do estabelecimento.
Guilherme expôs o caso, que ocorreu no domingo (18), em seu perfil no Instagram. O atleta alega que saiu da loja sem comprar nada e o segurança pediu que ele retornasse para mostrar onde havia deixado a bolsa utilizada para levar roupas da loja ao provador.
O vídeo, gravado pela namorada dele, mostra o segurança entregando a bolsa apontada pelo atleta para outro funcionário.
"O segurança me fez retornar com minha namorada para mostrar onde eu havia deixado a ecobag da loja, o local onde eu havia deixado as peças que desisti de comprar", disse.
A namorada do atleta pediu explicações do pedido da equipe, mas não obteve resposta. "Ato racista, repugnante, não passarão", escreveu o atleta.
Clientes devolvem compras
Após a abordagem na loja Zara do BarraShopping, dois clientes que testemunharam a situação devolveram as compras que fizeram no estabelecimento.
Um casal confrontou funcionárias sobre o caso, que negou as informações. "Eu não vou levar nada mais de uma loja racista!", disse a cliente em vídeo divulgado pelo g1.
O caso é investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A Zara tem até esta sexta-feira (23) para entregar as imagens de câmeras de segurança e a lista de funcionários.
O que diz a Zara
A Zara afirmou, em nota ao g1, que não tolera ato de discriminação e "lamenta que o cliente tenha se sentido discriminado em uma de suas lojas".
"A empresa ressalta que está colaborando com as autoridades e também reforçando todos os processos e políticas de atendimento com as equipes para que suas lojas sejam sempre um ambiente seguro, acolhedor e inclusivo para todos", afirmou.
Denúncia de racismo em Zara de Fortaleza
Em Fortaleza, denúncia de racismo contra a Zara foi feita em setembro de 2021. Na ocasião, a delegada Ana Paula Barroso foi retirada do estabelecimento. O ex-gerente de uma loja é réu por racismo.
Na versão de Bruno Filipe e da loja Zara, Ana Paula foi impedida de permanecer no local porque estava com a máscara abaixo do queixo, o que não era permitido na época por prevenção ao contágio por Covid-19. Entretanto, o gerente atendeu normalmente uma cliente branca pouco antes de expulsar a delegada, negra.