Um caso de mucormicose, doença conhecida também como “fungo preto”, é investigado em paciente de 52 anos de Joinville, em Santa Catarina. A suspeita foi divulgada pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) e pela prefeitura de Joinville após um comunicado de risco do Ministério da Saúde neste sábado (29).
O paciente teve Covid-19 em fevereiro e tem histórico de comorbidades, como diabetes mellitus e artrite reumatóide. Ainda não há previsão de quando o diagnóstico será confirmado. O Ministério da Saúde e o Estado de Santa Catarina estão sendo informados sobre o quadro de saúde do paciente.
De acordo com a prefeitura da cidade, depois de confirmar a infecção por coronavírus em fevereiro, o homem chegou a voltar ao hospital um mês depois após uma fraqueza generalizada.
Com alta em abril, o paciente voltou a ser hospitalizado após apresentar um quadro de cetoacidose diabética, tendo celulite facial e a visão prejudicada. Uma cirurgia foi feita na quarta-feira (26) e um médico especialista acompanha o caso.
Mucormicose ou “fungo preto”
A mucormicose é uma infecção fúngica grave que se espalha rapidamente pelo corpo do doente e tem taxa de mortalidade de cerca de 50%. Casos da doença foram registrados em pelo menos nove estados da Índia, que vive uma forte onda de infecção de Covid-19. Um caso também foi notificado no Uruguai.
Geralmente afetando pacientes imunossuprimidos, como pessoas com diabetes descontrolada, HIV e pacientes transplantados, a mucormicose não é uma doença nova. O fungo mucor, causador da patologia, pode ser encontrado até mesmo no bolor de pão.
A doença afeta pacientes recém-recuperados da Covid-19 devido ao sistema imunológico debilitado dessas pessoas. O uso excessivos de medicamentos com corticóide no tratamento desses pacientes também é apontado como fator de risco. De acordo com o Centro de Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, os sintomas mais comuns da infecção são dores de cabeça, inchaço do rosto e febre.