A Polícia Civil do Amazonas está investigando possíveis maus-tratos a animais na família de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido que foi encontrada morta no dia 28 de maio em sua casa, em Manaus. As informações são do Uol.
As investigações apontam que a morte está relacionada a uma overdose de cetamina, um anestésico dissociativo causador de efeitos alucinógenos e que era distribuído pela mãe e irmão de Djidja em rituais. Uma nova denúncia feita à polícia aponta que a família também usou a substância em animais.
A Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente deu início às investigações nesta segunda-feira (3) após receber a denúncia. Na última quinta-feira (30), duas cobras e cinco cachorros foram resgatados na residência da família.
Em um vídeo publicado nas redes sociais no ano passado, o irmão da ex-sinhazinha, Ademar Cardoso, aparece com uma cobra, submetendo o animal a inalação de fumaça de cigarro de maconha. "A cobra vai fumar", escreveu na legenda.
Segundo a deputada estadual Joana Darc, testemunhas relataram que a mãe de Djidja, Cleusimar Cardoso, chegou a estrangular e chacoalhar uma cobra durante um ritual. "Estamos colaborando com a Dema, aguardando os resultados dos exames de raio-x, sangue e urina de todos os animais ajudados. Vamos atuar até o fim neste caso para que sejam enquadrados nos crimes de maus-tratos junto aos outros crimes", afirmou.
Entenda o caso
Djidja Cardoso foi encontrada morta na última terça-feira (28), na casa onde morava em Manaus. Dois dias depois, a mãe e o irmão de Djidja, Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, respectivamente, foram presos pela Polícia Civil do Amazonas, suspeitos de envolvimento na morte da mulher.
Familiares da vítima alegam que os dois teriam cometido omissão de socorro e teriam incentivado o vício de Djidja em substâncias ilícitas. Além deles, três funcionários do salão de beleza da família também foram presos: a gerente Verônica da Costa Seixas e os maquiadores Claudiele Santos da Silva e Marlisson Vasconcelos Dantas.