Uma das linhas de investigações sobre o sumiço de Anic de Almeida Peixoto Herdy, é que a advogada e estudante de psicologia foi morta por um amigo da família. Conforme noticiado pela CBN nesta segunda-feira (20), a mulher teve também o corpo escondido por um grupo criminoso. O Ministério Público do Rio de Janeiro também compactua com a hipótese da Polícia Civil.
"Pra polícia, a principal linha é que ela tenha sido assassinada. Mas, a gente não descarta também a possibilidade de ela ter fugido", diz a delegada Cristiana Onorato Miguel, responsável pelo caso.
A família da mulher acredita que ela pode estar viva e ainda possuem esperança de encontrá-la. Anic foi vista pela última vez em 29 de fevereiro estacionando o carro em um shopping de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro.
Os suspeitos já pediram a família R$ 4,6 milhões, que foi pago pela família. Benjamin Cordeiro Herdy é marido da advogada e é um dos filhos do fundador de um complexo de educação na Baixada Fluminense. O herdeiro tem 78 anos.
"Ela era muito ligada à família. É o que dizem os relatos, os documentos ouvidos, os filhos dizem que ela era muito protetora, que ela não os deixava. Sobretudo a filha mais nova, de 20 anos. E ela nunca passaria dias sem falar com a filha, o dia das mães", disse a delegada.
Suspeito já viajou e prestou serviços ao casal
Entre os suspeitos com prisão temporária decretada, está um amigo da família, o técnico de informática Lourival Correa Netto Fatiga. Ele nega participação.
O suspeito era próximo do casal há cerca de três anos, chegando a acompanhá-lo em viagens. Segundo o jornal, a última delas, para Santa Catarina, ocorreu neste ano. Lourival também prestou serviços de instalação de câmeras de vigilância na casa dos dois.
Horas depois do sumiço de Anic, o marido da vítima enviou uma mensagem de texto na qual dizia estar com a mulher e que a polícia não podia ser informada. Novos contatos se sucederam e, em um deles, Benjamin foi avisado de que estava sendo monitorado em tempo real.
O desaparecimento de Anic foi registrado somente no dia 14 de março porque a família ficou receosa com a ameaça. Na ocasião, as roupas usadas pelo marido da vítima e o cômodo da casa no qual ele estava foram descritos pelo sequestrador.