Alvo de críticas recentes do presidente Jair Bolsonaro pela política de preços da Petrobras, Bento Costa Lima Leite de Albuquerque foi exonerado do comando do Ministério de Minas e Energia, cujo novo titular é Adolfo Sachsida. A troca consta na edição desta quarta-feira (11) do Diário Oficial da União (DOU).
Sachsida, que é advogado e doutor em Economia, era chefe da assessoria especial de Bento Albuquerque. O novo ministro também escreveu livos e artigos sobre políticas econômica, monetária e fiscal, além de ter sido professor em instituições de ensino superior, como a Universidade Católica de Brasília e a Universidade do Texas, nos Estados Unidos.
A mudança na Pasta ocorre menos de uma semana após Bolsonaro reclamar do reajuste no preço do diesel e citar Bento Albuquerque e o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho. O mandatário disse, na última quinta-feira (5), que os lucros da estatal são "um estupro" e quem paga a conta é o povo brasileiro.
"Vocês não podem, ministro Bento Albuquerque e senhor José Mauro, da Petrobras, não podem aumentar o preço do diesel. Estou fazendo uma constatação levando-se em conta o lucro abusivo que vocês têm. Vocês não podem quebrar o Brasil. É um apelo agora: Petrobras, não quebre o Brasil, não aumente o preço do petróleo. Eu não posso intervir. Vocês têm lucro, têm gordura e têm o papel social da Petrobras definido na Constituição", disse em live nas redes sociais.
As críticas ocorreram pouco antes de a Petrobras anunciar um lucro de R$ 44,561 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O valor é 3.718% superior ao registrado no mesmo período de 2021.
Já na segunda-feira (9), a estatal elevou o preço médio do litro de diesel para as distribuidoras de R$ 4,51 para R$ 4,91, uma alta de 8,87%. O novo preço entrou em vigor nessa terça-feira (10).