A Prefeitura de Rio Branco do Sul (PR) atualizou o número de vítimas do acidente que matou três pessoas de uma mesma família, no último domingo (4). Além das mortes, 10 pessoas ficaram feridas com a ocorrência.
O caso ocorreu por volta das 14h30, no domingo, quando um cabo de energia elétrico foi atingido por um galho, rompeu e caiu na água onde estava Roseli da Silva Santos, Emily Raiane Lara e Agner Cauã Coutinho dos Santos.
Mãe e filhos foram socorridos, no entanto, não resistiram. Os outros feridos foram transferidos para o hospital com a ajuda de agentes. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o local era de difícil acesso, pois não havia sinal de operadora de celular.
Vítimas feridas
- Um menino de 7 anos;
- Um adolescente de 12 anos;
- Uma adolescente de 12 anos;
- Um adolescente de 14 anos;
- Uma adolescente de 17 anos;
- Um homem de 27 anos;
- Um homem de 25 anos;
- Uma adolescente de 17 anos;
- Um homem de 32 anos;
- Uma mulher de 34 anos.
Chácara
A chácara onde aconteceu o acidente é registrada "como microempreendedor individual" (MEI), ou seja, não necessita de alvará de funcionamento. Conforme a polícia, o local funcionava há cerca de cinco anos, porém, o MEI só foi formalizado em outubro de 2023.
O espaço foi alugado por cerca de 40 pessoas para passar um dia de lazer. Conforme testemunhas, não chovia no momento do acidente, mas ventava forte.
Em entrevista à RPC, o dono da chácara declarou que o cabo de energia já havia sido arrebentado uma vez e que a Companhia Paranaense de Energia (Copel) "emendou o fio".
A responsável pela geração, transmissão e distribuição de energia elétrica do Paraná, a Copel, respondeu a acusação. Veja nota na íntegra:
"A Copel, a propósito do rompimento da rede de energia por galho de pinheiro, provocada por chuva com vento de mais de 60 km/h, no domingo 4 de fevereiro, em Rio Branco do Sul, informa que a chácara onde se deu o ocorrido, alugada pelo proprietário para terceiros com fins comerciais, é uma propriedade privada sobre a qual a companhia não possui gestão. A Copel seguirá acompanhando o caso e vai colaborar com as autoridades na investigação.
A rede de energia em questão passa por manutenção frequente e continuada, como é o padrão da Copel. A Copel lamenta o ocorrido, se solidariza com as famílias e orienta a todos que obras, inclusive aquelas utilizadas para fins comerciais, como é o caso da referida chácara, são de responsabilidade dos proprietários, mas precisam ser acompanhadas por profissionais de engenharia a fim de garantir que as edificações fiquem afastadas dos fios da rede elétrica.
A imagem acima é a justaposição de duas fotos de satélite que registram o mesmo ângulo em épocas diferentes. A justaposição feita pela área de obras da Copel Distribuição registra a existência da rede antes de a piscina ser construída".
Família
Roseli, de 41 anos, era mãe de Emily, de 23 anos, e Cauã, de 17 anos. A jovem estava grávida. Segundo a Polícia, as investigações continuam, e caso seja concluído que havia irregularidades no local, os responsáveis poderão responder por lesão corporal e homicídio com dolo eventual (quando a pessoa não tem a intenção direta de causar a morte da vítima, mas assume o risco ao realizar uma conduta perigosa).