As equipes que trabalham na perícia e na retirada dos corpos e dos escombros do avião que caiu em um condomínio de Vinhedo (SP) na tarde desta sexta-feira (09) seguiram no local do acidente durante toda a madrugada deste sábado (10). Até o início da manhã de hoje, 12 corpos haviam sido retirados. Em nova atualização, o Corpo de Bombeiros confirma, segundo apuração do g1 Campinas, 26 corpos retirados, e dois deles identificados.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros, Maycon Cristo, explicou como foi realizado o trabalho: primeiro, houve uma perícia na parte externa da aeronave. Depois disso, iniciou-se um trabalho "mais meticuloso" de recorte do avião para a retirada de partes que estão em locais de difícil acesso.
"A gente considera um documento, aparelho celular, posicionamento na aeronave, tudo isso para colaborar para a identificação. Considerando toda essa coleta de evidências, aí a gente retira o corpo, coloca no carro e leva para o IML de São Paulo para concluir a identificação", explicou.
Para finalizar a identificação, todos os corpos serão levados para o IML de São Paulo. O gabinete de crise composto por uma força-tarefa de vários órgãos utilizou scanner 3D nos escombros da aeronave ao longo do trabalho.
O avião, um ATR-72-500 operado pela empresa Voepass, saiu de Cascavel às 11h26 e caiu por volta das 13h20, de uma altura de aproximadamente 4 mil metros.
Na ocasião, 57 passageiros e quatro tripulantes estavam na aeronave. Poucas horas após o acidente, a Prefeitura de Vinhedo (SP) confirmou que não houve sobreviventes.
A Voepass afirmou, por meio de nota, que ainda não se sabe o que causou o acidente. A queda em espiral, porém, sugere a ocorrência de um estol, segundo especialistas ouvidos pelo g1. O estol ocorre quando as asas de um avião perdem a sustentação, causando, assim, uma queda brusca.