
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que deseja uma lista de estudantes estrangeiros de Harvard. A declaração foi dada neste domingo (25), quando ele também defendeu a medida de sua administração, que visava impedir a matrícula de alunos não estadunidenses.
No entanto, a decisão foi suspensa pela juíza Allison Burroughs, do tribunal federal de Massachusetts, que considerou a medida inconstitucional.
"Queremos saber quem são estes estudantes estrangeiros, um pedido razoável, já que damos a Harvard bilhões de dólares, mas Harvard não é exatamente acessível", escreveu Trump em sua plataforma Truth Social.
"Por que Harvard não diz que quase 31% de seus alunos são de países estrangeiros, e ainda assim estes países, alguns nada amigáveis com os Estados Unidos, não pagam nada pela educação de seus estudantes, nem têm a intenção de fazer isso nunca?".
Tensão entre Harvard e Trump
Na quinta-feira (22), a secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem, revogou a autoridade da Universidade de Harvard para matricular estrangeiros, ameaçando o futuro de milhares de estudantes e os valiosos recursos que injetam na instituição.
Kristi Noem havia ameaçado no mês passado bloquear os estudantes internacionais, a menos que a universidade entregasse arquivos sobre as "atividades ilegais e violentas" dos titulares de vistos.
Mas Harvard apresentou uma ação contra a medida, que foi suspensa até uma audiência judicial preliminar em 29 de maio.
Veja também
Nesse cenário, Trump está irritado com a instituição por rejeitar sua exigência de aceitar a supervisão em termos de admissões e contratações. A Casa Branca está adotando diversas medidas contra as universidades americanas em várias frentes.
A administração ameaçou Harvard com a revisão de 9 bilhões de dólares em financiamento governamental, congelou uma primeira parcela de 2,2 bilhões de dólares em subsídios e 60 milhões de dólares em contratos oficiais. Também deportou uma pesquisadora da Faculdade de Medicina de Harvard.