Imagens inéditas dos destroços do submarino Titan foram divulgadas na última segunda-feira (16) pela Guarda Costeira dos Estados Unidos. O órgão tem feito uma série de audiências nesta semana para investigar as causas do acidente que resultou na morte de cinco pessoas em junho do ano passado.
Nas imagens, é possível ver a cauda do submersível, que leva o nome da empresa OceanGate, responsável pela criação dele. O vestígio foi encontrado pela Guarda Costeira quatro dias após a implosão do Titan, no dia 22 de junho, por meio de um veículo operado remotamente pelas equipes de busca.
O achado foi, inclusive, o que levou as equipes de busca a concluir a perda "definitiva e catastrófica" do Titan e, consequentemente, a morte de todos os cinco tripulantes.
Audiências podem ajudar a determinar se houve negligência
As audiências sobre a implosão do Titan devem durar duas semanas. Elas serão importantes para determinar se houve, por exemplo, alguma negligência durante a expedição. O relatório final será enviado para o governo dos Estados Unidos e, se identificado algum crime, o caso será encaminhado à Justiça.
Em uma das audiências, a Guarda Costeira revelou as mensagens trocadas entre a tripulação do Titan e a equipe de controle do navio Polar Prince. Pouco antes de implodir, quando estava a quase 2,5 mil metros de profundidade, próximo ao naufrágio do Titanic, um dos ocupantes do Titan disse que estava "tudo bem".
Em determinado momento da comunicação, o Titan chegou a ficar 15 minutos sem responder ao Polar Prince. Nessa hora, depois de ser cobrado por retornos melhores, o submersível justificou que "perdeu" o sistema e as configurações do chat com o navio de apoio.
A última mensagem foi enviada pelo Titan às 10h47min. para avisar que havia jogado fora dois pesos de queda — prática comumente adotada para tornar os submersíveis mais leves e ajudá-los no controle da flutuabilidade e no processo de subida e descida.