Um terremoto de grandes proporções atingiu a Turquia e a Síria, na madrugada desta segunda-feira (6) — ainda noite de domingo (5) no Brasil —, provocando a morte de mais de 2.600 pessoas e milhares feridos. O tremor de magnitude 7,8 na escala Richter — que se estende até o nível 9 — afetou o Centro-Sul do território turco e o Noroeste do sírio.
O fenômeno causou o desmoronamento de diversos prédios nos países, que são vizinhos, e também foi sentido no Chipre e no Líbano. Equipes de buscas atuam para encontrar sobreviventes em meio aos escombros. As informações são da agência internacional Reuters.
Na cidade turca de Sanliurfa, um vídeo, compartilhado nas redes sociais, mostra o momento em que um prédio de cerca de seis andares desaba devido ao terremoto.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, sigla em inglês) informou que o terremoto de magnitude 7,8 ocorreu a uma profundidade de 17,9 quilômetros da superfície. Uma série de outros abalos sísmicos menores foi registrada no local, um deles de magnitude 6,7. A região é atravessada por falhas sísmicas.
Novo tremor de terra horas após terremoto
Um novo terremoto, de magnitude 7,5, atingiu o Sudeste da Turquia na tarde desta segunda-feira (6) — início da manhã no Brasil —, informou o USGS, horas após o outro terremoto ter provocado a morte de 912 pessoas.
O tremor foi registrado às 13h24 (07h24 no horário de Brasília), quatro quilômetros a sudeste da cidade de Ekinozu.
Mais de 2 mil mortos e milhares de feridos
Na Turquia, o número de mortos é de 1.651 pessoas, segundo a agência de desastres. O abalo sísmico precarizou as conexões de internet no País, o que dificultam os esforços para avaliar o impacto do episódio. Espera-se ainda que as temperaturas caiam para quase zero em algumas áreas, piorando as condições os sobreviventes presas sob os escombros.
Na Síria, o Ministério da Saúde declarou que foram registrados, ao menos, mil óbitos e mais de 1,3 mil feridos. No Noroeste do País, controlado pelos rebeldes, as equipes de resgate afirmam que 255 pessoas faleceram. Dados do governo de Damasco e das Nações Unidas, indicam, pelo menos, 716 mortes. Assolada por uma guerra civil que dura mais de 11 anos, a nação do Oriente Médio já estava devastada antes do abalo sísmico.
"Nunca senti nada parecido nos 40 anos que vivi. Fomos abalados pelo menos três vezes com muita força", disse à Reuters um morador da cidade turca de Gaziantep, área próxima ao epicentro do terremoto.
No Twitter, a emissora CNN Turquia compartilhou imagens que mostram o histórico Castelo de Gaziantep, ponto turístico turco, severamente danificado no episódio.
Pior terremoto desde 1999
O presidente turco declarou que 45 países se ofereceram para ajudar nos esforços de busca e resgate.
Os Estados Unidos declararam que estão "profundamente preocupados" com o abalo sísmico registrado na Turquia e na Síria, e estão monitorando os eventos de perto, conforme afirmou o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, nas redes sociais.
"Entrei em contato com as autoridades turcas para informar que estamos prontos para fornecer toda e qualquer assistência necessária", escreveu no Twitter.
O terremoto foi o mais grave da Turquia desde 1999, quando um de magnitude semelhante devastou Izmit e a povoada região oriental do Mar de Mármara, perto de Istambul, matando mais de 17 mil pessoas.