As investigações em torno da queda da Sycamore Gap chegam cada vez mais perto de apontar qual o instrumento foi usado para cortar a vegetação. Uma serra elétrica gigante foi localizada pelas autoridades em uma fazenda nas proximidades da árvore.
A árvore de 300 anos era um dos símbolos do Reino Unido, sendo eleita em 2016 a “árvore inglesa do ano”, e ficou mundialmente famosa por ter aparecido no filme Robin Hood - O Príncipe dos Ladrões, lançado em 1991, e estrelado por Kevin Costner.
De acordo com as autoridades e com informações dos jornais O Globo e The Sun, a queda da Sycamore Gap não foi natural. No tronco, é possível ver marcas de tinta, com corte compatível com a de uma serra elétrica. Ainda não é possível afirmar se o equipamento encontrado foi usado para derrubar a árvore.
Um dos suspeitos detidos por envolvimento no corte da Sycamore Gap pagou fiança e foi liberado neste domingo (1º). Renwick, fazendeiro de 69 anos, estava preso desde sexta-feira (29) suspeito de auxiliar um jovem de 16 anos para cortar a árvore. Ele também foi solto após o pagamento.
Em depoimento à polícia, o fazendeiro negou participação no acontecido. Ele pontuou que “pegaram a pessoa errada”. Disse ser “um ex-lenhador” recentemente “expulso de sua propriedade”.
"Meu irmão desceu para se certificar de que eu não havia sido preso, já que ele ouviu os rumores. É muito triste. É uma árvore icônica", afirmou Renwick. "Mas foi a noite perfeita para fazer isso. Havia uma lua cheia, então teria sido bem iluminado, e o vento teria feito com que mal houvesse som", completou.
O fazendeiro teve de deixar a propriedade onde administrava um acampamento turístico após decisão de um tribunal local britânico que se arrastou ao longo de dois anos. Ele ainda comentou sobre a ligação com a casa da família: “eu nasci aqui. É como uma árvore com raízes”. O fazendeiro ainda enfrentava a desocupação do local quando os Jesuítas na Grã-Bretanha, que são proprietários das terras, afirmaram ter tomado a posse da fazenda.
Rebecca Fenney-Menzies, inspetora-chefe que investiga o caso, disse que “a destruição sem sentido de um ponto turístico conhecido mundialmente e um tesouro local resultou em uma onda de choque e raiva pelo nordeste do país”. A árvore ficava ao lado da Muralha de Adriano, erguida pelo Império Romano no século II, edificação considerada Patrimônio Mundial pela Unesco.