Serra elétrica gigante é encontrada próximo à queda de famosa árvore do filme 'Robin Hood'

Sycamore Gap, um dos símbolos do Reino Unido, foi encontrada caída no fim de setembro

As investigações em torno da queda da Sycamore Gap chegam cada vez mais perto de apontar qual o instrumento foi usado para cortar a vegetação. Uma serra elétrica gigante foi localizada pelas autoridades em uma fazenda nas proximidades da árvore.

A árvore de 300 anos era um dos símbolos do Reino Unido, sendo eleita em 2016 a “árvore inglesa do ano”, e ficou mundialmente famosa por ter aparecido no filme Robin Hood - O Príncipe dos Ladrões, lançado em 1991, e estrelado por Kevin Costner.

De acordo com as autoridades e com informações dos jornais O Globo e The Sun, a queda da Sycamore Gap não foi natural. No tronco, é possível ver marcas de tinta, com corte compatível com a de uma serra elétrica. Ainda não é possível afirmar se o equipamento encontrado foi usado para derrubar a árvore.

Um dos suspeitos detidos por envolvimento no corte da Sycamore Gap pagou fiança e foi liberado neste domingo (1º). Renwick, fazendeiro de 69 anos, estava preso desde sexta-feira (29) suspeito de auxiliar um jovem de 16 anos para cortar a árvore. Ele também foi solto após o pagamento.

Em depoimento à polícia, o fazendeiro negou participação no acontecido. Ele pontuou que “pegaram a pessoa errada”. Disse ser “um ex-lenhador” recentemente “expulso de sua propriedade”.

"Meu irmão desceu para se certificar de que eu não havia sido preso, já que ele ouviu os rumores. É muito triste. É uma árvore icônica", afirmou Renwick. "Mas foi a noite perfeita para fazer isso. Havia uma lua cheia, então teria sido bem iluminado, e o vento teria feito com que mal houvesse som", completou.

O fazendeiro teve de deixar a propriedade onde administrava um acampamento turístico após decisão de um tribunal local britânico que se arrastou ao longo de dois anos. Ele ainda comentou sobre a ligação com a casa da família: “eu nasci aqui. É como uma árvore com raízes”. O fazendeiro ainda enfrentava a desocupação do local quando os Jesuítas na Grã-Bretanha, que são proprietários das terras, afirmaram ter tomado a posse da fazenda.

Rebecca Fenney-Menzies, inspetora-chefe que investiga o caso, disse que “a destruição sem sentido de um ponto turístico conhecido mundialmente e um tesouro local resultou em uma onda de choque e raiva pelo nordeste do país”. A árvore ficava ao lado da Muralha de Adriano, erguida pelo Império Romano no século II, edificação considerada Patrimônio Mundial pela Unesco.