O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, declarou, nesta segunda-feira (20), que o presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) precisaria se vacinar contra a Covid-19 para ir à cidade — caso contrário, "nem precisa vir". As informações são do portal G1.
"Com os protocolos em vigor, precisamos enviar uma mensagem a todos os líderes mundiais, principalmente Bolsonaro, do Brasil, que se você pretende vir aqui, você precisa estar vacinado", afirmou o prefeito democrata. "Se você não quiser se vacinar, nem precisa vir".
Bolsonaro está nos Estados Unidos para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, que começa nesta terça-feira (21). Ele é o único líder entre as maiores economias do mundo que declaradamente ainda não se vacinou contra o coronavírus.
"Todos precisam estar em segurança e juntos, isso significa que todos precisam ser vacinados", afirmou De Blasio. "A grande maioria das pessoas nas Nações Unidas, a grande maioria dos estados-membros estão fazendo a coisa certa".
O democrata acrescentou ainda que a prefeitura de Nova York está oferecendo vacinas contra a Covid-19 gratuitamente a todos os líderes e funcionários que participarem da Assembleia Geral.
Acesso mediante comprovante
Em Nova York, as pessoas precisam apresentar comprovante de vacinação contra a Covid-19 para entrar em locais fechados, como restaurantes, cinemas, teatros e academias.
Por não ter se imunizado contra a doença, Bolsonaro tem sido não só uma exceção entre as lideranças mundiais, como tema de especulações durante a viagem.
Ele foi fotografado comendo pizza na rua na noite de sábado (18), junto a integrantes de sua comitiva, como o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos; o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, entre outros.
Ao comer na rua, a apresentação do comprovante da vacina não é necessária.
Bolsonaro já disse, mais de uma vez, que não tomou nenhum imunizante, o que pode suscitar dificuldades para frequentar alguns lugares na cidade norte-americana.
Nesta segunda, o presidente brasileiro tomou café da manhã no hotel, em área reservada à comitiva brasileira. Havia uma placa informando que a apresentação de comprovante de vacinação era obrigatória no restaurante.
Um gerente do empreendimento, que preferiu não se identificar, afirmou que não cobraria o comprovante de Bolsonaro. Conforme o G1, ao ser questionamento se a lei não valia para todos, o funcionário pediu que a equipe de reportagem saísse do local.