A destruição de uma barragem no sul da Ucrânia, controlada pela Rússia, provocou inundação de 24 localidades e a retirada de moradores, nesta terça-feira (6).
O episódio foi descrito como uma "catástrofe ambiental" e gerou uma troca de acusações entre os dois países em guerra.
A Ucrânia afirmou que a destruição da barragem aumenta rapidamente o risco deu uma "catástrofe nuclear" na central de Zaporizhzhia.
Países ocidentais fizeram denúncias sobre a Rússia, que seria supostamente a autora da explosão. Moscou, no entanto, negou: "Não fomos nós. Por que faríamos isso? Isso nos prejudica", disse um porta-voz.
De acordo com a BBC, a Rússia defende que o rompimento da barragem de Kakhovka fere seus próprios interesses, uma vez que a inundação de terras forçou a evacuação de tropas e civis para o leste, longe da cidade de Kherson e das margens do amplo rio Dnipro. Isso causou uma pequena trégua para os moradores de Kherson.
Outro ponto destacado pela Rússia é que o episódio pode afetar o abastecimento de água da Crimeia.
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A destruição da barragem nesse cenário de confronto entre os dois países causa preocupação na comunidade internacional. "O Dnipro já era um rio largo quando chega ao sul da Ucrânia e atravessar uma brigada blindada, sob a artilharia russa, mísseis e drones seria extremamente perigoso", afirma Frank Gardner, correspondente de segurança da BBC.
Como consequência, a área na margem esquerda (leste) oposta a Kherson tornou-se uma área proibida para os blindados ucranianos.
Um ponto-chave sobre o episódio é que quem violou a barragem de Kakhovka força os países rivais a fazer uma série de ajustes importantes. Além disso, pode atrasar a proposta contra-ofensiva já esperada da Ucrânia.