O Papa Francisco voltou a fazer comentários homofóbicos, em reunião de portas fechadas, nesta terça-feira (11). Conforme a agência de notícias italiana Ansa, o pontífice utilizou novamente o termo "frociaggine", que pode ser traduzido como "viadagem".
Para os padres de Roma, o religioso revelou que "existe um ar de viadagem no Vaticano". Jorge Bergoglio, assessor de imprensa do Vaticano, frisou a necessidade "acolher" pessoas LGBTQIAPN+ e "acompanhá-las na Igreja".
Em 28 de maio, o líder religioso da Igreja Católica pediu desculpas por usar o mesmo termo. Conforme a publicação italiana, o pontífice também falou sobre aceitar ou não pessoas com "tendências homossexuais" em seminários.
Relembre
Papa Francisco pediu desculpas pela linguagem utilizada durante uma reunião com bispos italianos. De acordo com veículos locais, o pontífice teria dito aos presbíteros a não acolherem pessoas abertamente homossexuais nos seminários religiosos, afirmando haver "frociaggine" demais na Igreja Católica.
O termo do dialeto de Roma "frociaggine" é considerado uma forma pejorativa para se referir a membros da comunidade LGBTQIAPN+ e pode ser traduzido como "viadagem", segundo a correspondência em português mais próxima.
"O papa nunca teve a intenção de ofender ou de se expressar em termos homofóbicos e estende as suas desculpas àqueles que se sentiram ofendidos pelo uso de um termo que foi denunciado por outros", afirmou o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.
Conforme a agência de notícias italiana Ansa, o uso da palavra "frociaggine" surpreendeu as mais de 200 pessoas presentes na reunião. No entanto, a escolha da palavra teria sido uma gafe por parte de Francisco, cuja língua materna não é o italiano.