Maduro prende 1.200 pessoas em protestos após as eleições na Venezuela: 'vão para segurança máxima'

Venezuelanos de oposição têm protestado contra a eleição de Maduro, atual presidente acusado de fraudar o resultado eleitoral

O presidente da Venezuela Nicolás Maduro disse que prendeu mais de 1.200 pessoas participantes de protestos no país após as eleições do último dia 28 de julho, e prometeu captura mais outras mil. Ele ainda informou que vai mandar as pessoas capturadas para prisões de segurança máxima.

"Todos os criminosos fascistas vão para Tocorón e Tocuyito, para prisões de segurança máxima, para que paguem pelos seus crimes perante o povo", disse Maduro no X, antigo Twitter. 

Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo de seis anos, em meio a denúncias de fraude da oposição, que reivindicou a vitória de seu candidato, Edmundo González Urrutia. Para Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, as eleições foram vencidas por González. 

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), vinculado ao governo, proclamou a vitória de Maduro , que recebeu 5,15 milhões de votos (51,2%), após a apuração de 80% das urnas. González Urrutia recebeu 4,45 milhões de votos (44,2%), segundo o primeiro boletim oficial. Apesar do anúncio, o CNE não divulgou informações detalhadas sobre os resultados, nem publicou as atas eleitorais.

Um dia depois de o CNE ter declarado a vitória de Maduro para um terceiro mandato de seis anos, milhares de pessoas saíram às ruas para protestar.