O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto após ação do exército israelense no sul da Faixa de Gaza. Em anúncio feito nesta quinta-feira (17), o exército de Israel detalhou que "após uma busca de um ano, ontem, 16 de outubro de 2024, soldados das IDF (sigla em inglês para forças de defesa de Israel) do Comando Sul eliminaram Yahya Sinwar, o líder da organização terrorista Hamas, em uma operação no sul da Faixa de Gaza".
Antes da confirmação, os militares israelenses estavam investigando se Yahya Sinwar, considerado arquiteto do ataque de 7 de outubro de 2023 em Israel, tinha realmente morrido durante um dos ataques israelenses na Faixa de Gaza.
Segundo comunicado conjunto da Agência de Segurança Israelense e das Forças de Defesa de Israel, "três terroristas foram eliminados" no ataque. Havia a possibilidade de que uma das vítimas fosse Yahya Sinwar. "A essa altura, a identidade dos terroristas não pode ser confirmada", dizia o comunicado.
Uma fonte das forças de segurança de Israel disse que o Exército realizou testes de DNA em um corpo para confirmar a identidade do líder do Hamas. "O Exército israelense realiza testes de DNA no corpo de um combatente para confirmar se é Sinwar", declarou o oficial, que falou sob condição de anonimato.
Bombardeio contra escola
Nesta quinta-feira (17), um bombardeio aéreo de Israel contra uma escola de Jabaliya, norte da Faixa de Gaza, que é utilizada como refúgio para deslocados, deixou pelo menos 14 mortos. O local era utilizado como refúgio em meio ao conflito.
Dez corpos foram levados para o hospital Kamal Adwan e quatro para o centro médico Al Awda, informaram os dois estabelecimentos após o bombardeio israelense, que atingiu a escola Abu Hussein de Jabaliya, onde o Exército afirma que está em uma ofensiva contra milicianos do movimento islamista Hamas.
"Foi um massacre horrível, a maioria dos feridos está no chão do hospital Kamal Adwan, e sua situação é grave", disse Fares Afana, funcionário dos serviços de emergência de Gaza.
"Não há condições para atender estes casos graves por falta de material médico e profissionais especializados, o que leva a um maior número de mártires", acrescentou. O Exército israelense disse ter realizado "bombardeios de precisão" contra militantes do Hamas e da Jihad Islâmica que se reuniram nas dependências da escola.
O Hamas condenou o ataque. "As declarações da ocupação de que a escola Abu Hussein era utilizada pela resistência são mentirosas. Esta é a política sistemática do inimigo para justificar seus crimes e o assassinato de inocentes deslocados", afirmou a organização em um comunicado.