Após lançar mais de 200 drones em Israel, o Irã anunciou na noite deste sábado (13) o fim da resposta militar ao país israelense.
"Com base no Artigo 51 da Carta das Nações Unidas relativo à defesa legítima, a ação militar do Irã ocorreu em resposta à agressão do regime sionista [em referência a Israel] contra as nossas instalações diplomáticas em Damasco [em referência ao ataque à embaixada iraniana na Síria, ocorrido em 1º de abril]. O assunto pode ser considerado concluído", disse a Missão Diplomática do Irã no X, antigo Twitter.
A Missão Diplomática disse ainda que caso o país israelense volte a "cometer erros", haverá retaliação. "A resposta do Irã será consideravelmente mais severa. É um conflito entre o Irã e o regime israelense desonesto, do qual os Estados Unidos devem ficar longe", concluiu.
Entenda
O Irã lançou pelo menos 200 drones e mísseis contra Israel neste sábado (13). A missão permanente da Irã na Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que o ataque foi uma "defesa legítima" após um bombardeio contra o consulado iraniano em Damasco, na Síria, no dia 1º de abril.
“Compreendemos essas ameaças e já lidamos com elas no passado”, afirmou Daniel Hagari, porta-voz das forças armadas israelenses. Segundo informações da CNN, as Forças de Defesa de Israel afirmaram que a ameaça sobre o espaço aéreo do país estava sendo monitorada.
O porta-voz informou que os serviços de GPS devem ficar indisponíveis em algumas regiões do país para que os militares possam lidar com a situação. “Estejam vigilantes e sigam as instruções do Comando da Frente Interna”, pediu Hagari à população.
Mais cedo, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse, em comunicado, que Israel estava preparado para eventuais ataques do Irã. “Determinamos um princípio claro: quem nos ferir, também será ferido. Nos defenderemos contra qualquer ameaça e faremos isso com equilíbrio e determinação”, afirmou.