Um estado no sul da Índia fechou escolas e testou centenas de moradores na tentativa de conter um surto do vírus Nipah, conhecido por causar uma doença rara e muitas vezes mortal. A preocupação começou após duas mortes, o que seria indício de uma possível propagação. As informações são da CNN Brasil.
Segundo o ministro-chefe do estado de Kerala, Pinarayi Vijayan, o vírus foi detectado no distrito de Kozhikode. O pedido, então, é para que os residentes tenham cautela e estejam atentos às diretrizes de segurança do departamento de saúde.
"Não devemos ter medo, mas enfrentar esta situação com cautela", escreveu Vijayan nas redes sociais. O comunicado desta quarta-feira (14) confirmou a morte de duas pessoas, lembrando que esse é o quarto surto no estado desde 2018.
Transmissão e sintomas
Nipah é um vírus zoonótico transmitido de animais para humanos, apontam informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A contaminação dele ocorre por meio de alimentos contaminados ou diretamente entre pessoas.
O Centro de Controle de Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) aponta que entre os sintomas da doença causada pelo vírus estão dor de cabeça e sonolência, o que pode se transformar em coma em questão de dias. Além disso, pode causar síndrome respiratória aguda e encefalite fatal, uma inflamação do cérebro.
Não há vacina para o vírus, e a maior preocupação reside no fato de que o tratamento é limitado a cuidados de suporte.
Pessoas em contato
Kerala já informou que mais de 700 pessoas foram identificadas como contatos próximos e estão sendo testadas para o vírus. A informação foi concedida pela ministra da Saúde do estado, Veena George.
Das pessoas identificadas, 77 são consideradas de "alto risco" e foram autorizadas a permanecer em casa sem contato com outras pessoas. Enquanto isso, algumas escolas do distrito foram fechadas e sete aldeias foram declaradas "zonas de contenção".
Em 2018, Kerala passou por outro surto, quando 17 pessoas morreram e mais de 230 foram testadas durante esse período. No ano seguinte, um homem foi diagnosticado com o vírus, mas não houve mortes, diferente de 2021, quando um menino faleceu após ser infectado.