Ao menos 73 pessoas morreram em incêndio que destruiu um edifício de cinco andares no centro de Johannesburgo nesta quinta-feira (31). A informação é dos serviços de emergência da maior cidade da África do Sul. Outras 52 pessoas ficaram feridas, algumas delas após inalar grande volume de fumaça, e foram hospitalizadas.
"A atualização mais recente mostra 73 mortos e 52 pessoas feridas que foram levadas para vários centros de saúde para receber atendimento médico", declarou o porta-voz dos Serviços de Gestão de Emergências, Robert Mulaudzi. Ao menos sete crianças estão entre os mortos. A vítima mais jovem tinha menos de dois anos, afirmou o porta-voz.
Os bombeiros conseguiram controlar as chamas e as operações de busca e recuperação prosseguiam durante a manhã. "Estamos avançando andar por andar para recuperar os corpos", explicou Mulaudzi a um canal local. "É um dia triste para a cidade de Johannesburgo (...) Em mais de 20 anos de serviço, eu nunca vi algo assim", disse ele.
As causas do fogo, que começou durante a noite, ainda não foram determinadas. Mgcini Tshwaku, membro do comitê municipal da cidade responsável pela segurança pública, apontou como causa provável o uso de velas para iluminar o interior do edifício.
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Prédio estava ocupado por pessoas em situação de rua
O prédio afetado pelas chamas fica em uma área abandonada que já foi o distrito comercial da capital econômica da África do Sul, e servia como residência informal, informou Mulaudzi.
"Muitas pessoas podem ter ficado presas dentro do prédio quando o incêndio começou", acrescentou. Mulaudzi disse que pessoas em situação de rua estavam vivendo no edifício.
"Dentro do prédio havia um portão [de segurança] que estava fechado, para que as pessoas não conseguissem sair", segundo Tshwaku. "Muitos corpos carbonizados foram encontrados amontoados neste portão", afirmou.
Caminhões do corpo de bombeiros e ambulâncias estavam diante do edifício, que foi isolado pela polícia para evitar a aproximação de curiosos.
A ocupação ilegal de prédios abandonados é comum no centro de Johannesburgo, onde muitos imóveis são controlados por grupos criminosos que cobram aluguel dos ocupantes.
Em junho, um incêndio destruiu um edifício em Johannesburgo e matou dois meninos de menos de 10 anos que ficaram bloqueados em um apartamento.