O grupo mercenário Wagner não lutará mais na Ucrânia, segundo confirmou a agência de notícias estatal russa TASS nesta quinta-feira (29). Yevgeny Prigozhin, chefe da organização, negou a assinatura de um contrato proposto pelo governo russo, o que levou à falta de financiamento pelo Kremlin.
A decisão ocorre após o início de uma rebelião pelos membros do Grupo Wagner no último sábado (24), quando eles iniciaram movimento de tomada das cidades do sul do país enquanto marchavam até Moscou.
Entretanto, o movimento não durou muito e foi encerrado ainda na mesma noite após assinatura de acordo entre o Kremlin e o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin.
O acordo prevê o exílio de Prigozhin em Belarus, país aliado de Moscou, tirando-o do front na Ucrânia e em São Petesburgo. Membros do grupo que integraram o movimento não serão perseguidos criminalmente, e os mercenários que não aderiram à revolta serão, agora, parte Ministério da Defesa da Rússia.
Tarefas de combate
O coronel-general Andrey Kartapolov revelou que todas as formações que executam tarefas de combate deveriam assinar os contratos ministeriais. Porém, nem tudo ocorreu como planejado.
"Todos começaram a implementar esta decisão... todos, exceto o Sr. Prigozhin", disse ele. O líder afirmou, ainda no dia 11 de junho, que nenhum membro do Grupo Wagner assinaria qualquer acordo com o ministro da Defesa, Sergei Shoigu.
Dessa forma, o legislador afirma que Prigozhin cometeu traição por "ambições exorbitantes" e dinheiro, além do que ele definiu como "estado excitado".