O caso de uma mulher grávida que acordou e encontrou o parceiro de 40 anos morto no dia de sua cesariana foi parar em um tribunal na Inglaterra na última terça-feira (4). O caso está sendo julgado porque a inglesa afirma que o companheiro morreu por negligência médica.
Segundo o Sky News, Rebecca Moss acordou às 5h15 do dia 7 de junho do ano passado, data de sua cesariana, desceu as escadas e encontrou Thomas Gibson dormindo no sofá. “Eu estava tentando animá-lo e dizendo ‘acorde, é dia do bebê’”, disse a mulher no inquérito.
"Tom não respondeu, então fui até o sofá para lhe dar um beijo. Ele estava deitado em sua posição habitual de dormir. Quando o toquei, ele estava frio e rígido. Ele não acordava", relatou. "Liguei para o 999 imediatamente. Eles me pediram para puxar Tom para o chão e fazer compressões torácicas. Comecei as compressões torácicas até a chegada da ambulância", informou.
O homem não resistiu e veio a óbito. Rebecca afirmou que o "choque, trauma e esforço físico" foram “avassaladores”, porque ela teve que tirá-lo do sofá e fazer compressões estando grávida de 39 semanas. Horas depois a mulher teve que se submeter à cesariana.
NEGLIGÊNCIA MÉDICA
Onze dias antes da morte, Thomas compareceu a um pronto-socorro no Wythenshawe Hospital e foi atendido por Oliver Handley. O paciente fez um eletrocardiograma, e o médico encontrou sinais de anormalidade. Em seguida, ele encaminhou Thomas para uma segunda opinião com um médico mais experiente, Thomas Bull.
Ao analisar o exame, Dr. Bull descreveu a condição como um bloqueio intraventricular e que não era clinicamente "significativo". “Eu avisei que se não houver sintomas cardíacos em geral, isso não exigiria qualquer investigação neste momento”, disse o médico.
Segundo os advogados da família, uma análise feita posteriormente revelou que o exame identificou um bloqueio cardíaco completo, também conhecido como bloqueio cardíaco de terceiro grau, o tipo mais grave, que pode levar à morte súbita cardíaca.
“Posso ver agora, em retrospectiva e retrospectivamente, que há anormalidades além daquelas que pude ver presentes”, afirmou Dr. Bull. Thomas recebeu alta do hospital sem recomendação de nenhum tratamento. Onze dias depois, ele sofreu uma morte cardíaca súbita, de acordo com um patologista.
Os advogados da família afirmaram que o NHS Foundation Trust da Universidade de Manchester admitiu a responsabilidade por ter prestado cuidados médicos negligentes. O caso segue sendo julgado.