Uma forte explosão no hotel Saratoga, em Havana, destruiu a fachada do edifício, nesta sexta-feira (6). O prédio estava em obras, constatou um jornalista da AFP. Em novo balanço atualizado nesta noite, o número de mortos subiu para 18. Mais de 50 pessoas estão feridas.
"Até o momento 74 pessoas foram recebidas feridas, das quais 18 lamentamos seu falecimento", disse em coletiva de imprensa Julio Guerra, chefe de Serviços hospitalares do Ministério de Saúde Pública. Mas a Presidência cubana divulgou a cifra de 64 feridos e 18 mortos após a explosão, atribuída a um vazamento de gás.
Pouco depois das 11 horas (meio-dia em Brasília), uma nuvem de fumaça e pó cobriu a avenida Prado, a principal via do Centro da capital cubana, onde fica o hotel.
Os primeiros quatro andares ficaram praticamente destruídos e cercados por montanhas de escombros e pedaços de vidro.
Causa de explosão em investigação
O vice-governador Yanet Hernandez confirmou à imprensa que as causas do incidente ainda estão sendo investigadas em profundidade e confirmou que os feridos estavam sendo transferidos para o hospital Calixto Garcia, no município de Plaza de la Revolucion.
O presidente Miguel Diaz-Canel foi ao local acompanhado de outras autoridades, incluindo o primeiro-ministro Manuel Marrero e o presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular, Esteban Lazo.
Equipes de resgate e ambulâncias continuam procurando as vítimas e forças da Polícia Revolucionária Nacional mantêm o local isolado no município de Havana Velha, onde a fumaça ainda é visível.
Vários dos andares do emblemático hotel perderam suas fachadas nas ruas Prado e Dragones, e um prédio próximo também sofreu graves danos, de acordo com uma equipe da Prensa Latina que acessou o local do incidente.
De acordo com um relatório da Telesur, o hotel não havia reaberto para o turismo no momento da explosão. A empresa de telecomunicações Etecsa também relatou interrupções no serviço de telefonia celular causadas pelo incidente.