Embora seja um dos 35 países membros da Organização dos Estados Americanos (OEA), o Brasil optou por não assinar um documento conjunto que condena a ofensiva violenta do exército russo à Ucrânia.
No texto, a OEA critica “veementemente a invasão ilegal e injustificada” da Ucrânia pela Federação Russa e “apela à retirada imediata da presença militar e à cessação de qualquer nova ação militar naquele país”.
Outro pedido feito diretamente ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, é que retorne "ao caminho do diálogo e da diplomacia para a solução de controvérsias. A carta pede ao líder para "cessar imediatamente suas hostilidades, diminuir a escalada, retirar todas suas forças e equipamentos da Ucrânia".
Além do Brasil, países como Nicarágua, Cuba, Bolívia e Argentina também não assinaram a carta da OEA.
Um interlocutor brasileiro justificou ao O Globo que a decisão do país de não assinar o documento tem a ver com o fato de a Ucrânia ficar no continente europeu e o Brasil já ter se manifestado no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).
Foi na ONU, inclusive, que na última sexta-feira (25), o embaixador do Brasil na organização, Ronaldo Costa Silva, avaliou que o mundo “precisa se livrar da guerra e que a paz e a lei internacional precisam prevalecer”.
Já o embaixador brasileiro na OEA, Otávio Brandelli, afirmou que o Conselho de Segurança da ONU é quem “possui a responsabilidade primordial pela manutenção da paz e da segurança internacional”.