O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, sob pressão intensa depois de perder o apoio do Partido Conservador, anunciou, na manhã desta quinta-feira (7), a saída do cargo de líder do partido e do posto de chefe de Governo.
"É claramente a vontade do Partido Conservador que deve haver um novo líder do partido e, portanto, um novo primeiro-ministro", disse Boris Johnson em discurso oficial nesta manhã.
A secretária de Relações Exteriores, Liz Truss, considerou como "certa" a decisão de Johnson.
"O primeiro-ministro tomou a decisão certa. O governo sob a liderança de Boris teve muitas conquistas - entregando o Brexit, vacinas e apoiando a Ucrânia. Precisamos de calma e unidade agora e continuar governando enquanto um novo líder é encontrado", disse.
Demissões
O novo ministro das Finanças, Nadhim Zahawi, nomeado na terça-feira depois que Rishi Sunak anunciou sua demissão e provocou o início da pior crise do mandato de Johnson, se uniu nesta quinta-feira aos pedidos de renúncia do primeiro-ministro, depois que o chefe de Governo perdeu o apoio do Partido Conservador em meio a vários escândalos.
"Sabe em seu coração o que é o correto, saia agora", escreveu em uma carta publicada no Twitter.
Michelle Donelan, nomeada na terça-feira para o ministério da Educação para substituir Zahawi, apresentou o pedido de demissão apenas 48 horas depois de assumir a pasta.
Outro pedido de demissão veio do ministro para a Irlanda do Norte, o até agora leal Brandon Lewis, o que eleva a mais de 50 o número de renúncias no Executivo desde as saídas de Sunak e do ministro de Saúde, Sajid Javid, na tarde de terça-feira.
"Um governo decente e responsável se baseia na honestidade, integridade respeito mútuo", afirmou Lewis. "Lamento profundamente ter que deixar o governo porque acredito que estes valores não são mais respeitados", acrescentou.