Um avião militar ucraniano caiu nesta quinta-feira (24) na localidade de Trypillia, cerca de 50 quilômetros ao sul de Kiev, capital do país, segundo informação confirmada pelo Serviço de Situações de Emergência. Havia 14 pessoas a bordo, mas o órgão não detalhou a situação dos tripulantes.
Já os militares russos afirmaram que destruíram os sistemas de defesa antiaérea e deixaram as bases ucranianas "fora de serviço". Informou-se ainda que "a população civil não tem nada a temer", embora Kiev tenha relatado várias mortes de civis.
Contudo, a ameaça não chega apenas do céu. A guarda de fronteira ucraniana anunciou incursões terrestres russas de vários pontos, assim como do leste, na região separatista de Lugansk.
Endurecida por oito anos de conflito armado com rebeldes pró-Rússia, a população local tem muita clareza sobre o que fazer nesse cenário. "Se continuarem a nos bombardear, vou encontrar armas e defender minha pátria. Pouco importa se tenho 62 anos", prometeu Vladimir Levashov, morador de Chuguev.
O Exército ucraniano é onipresente nas principais estradas do leste. Entre Kramatorsk e Carcóvia, um comboio de veículos com a bandeira ucraniana amarela e azul está parado.
Ataques
A 300 km de distância, em Mariupol, potentes explosões sacudiram a principal cidade portuária do leste do país. Nessa área, perto da linha de frente, começa a retirada da população civil, em aldeias como Zoloty e Gorsky.
"Levaremos a população até a estação de trem mais próxima", anunciou o porta-voz da Defesa Civil, Alexei Babchenko.
Mais longe, no município de Novotoshkovka, a retirada não é mais possível. Horas após o início do ataque, os disparos da artilharia russa são muito intensos, e as comunicações, complicadas.
"A ofensiva está em andamento sobre toda linha de demarcação nas regiões de Lugansk e Donetsk", descreveu Babchenko, acrescentando que "os combates estão acontecendo por todos os lugares". "Ainda não conseguimos receber informações sobre as vítimas, porque não há comunicação com esta área", completou.