O satélite de observação solar chamado Solar Orbiter, da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Nasa, gerou imagens da superfície visível do Sol com o maior nível de resolução já feito até hoje. Nos registros inéditos, divulgados nessa quarta-feira (20), é possível observar detalhes da estrela, como manchas, campos magnéticos e plasma, com uma qualidade nunca capturada.
Os registros foram montados a partir de imagens obtidas por um dos instrumentos embarcados no Solar Orbiter, o PHI (Polarimetric and Helioseismic Imager, em inglês). O equipamento não apenas capta imagens em luz visível, mas também mede a direção do campo magnético e mapeia a velocidade e a direção do movimento de diferentes partes da superfície.
"Nenhum objeto no Sistema Solar é tão dinâmico e multifacetado quanto o Sol. A missão Solar Orbiter, liderada pela ESA, observa o Sol com nada menos que seis instrumentos de imagem. Juntos, eles permitem que a espaçonave descasque as muitas camadas do Sol e revele suas muitas faces", diz a agência europeia em nota.
"O campo magnético do Sol é a chave para entender a natureza dinâmica de nossa estrela mãe, desde as escalas menores até as maiores. Esses novos mapas de alta resolução do instrumento PHI do Solar Orbiter mostram a beleza do campo magnético superficial do Sol e os fluxos em grande detalhe", afirma Daniel Müller, cientista do projeto, no comunicado da agência.
As imagens também são cruciais para inferir o campo magnético na camada mais externa do Sol, ele ressalta.