A Defesa Civil de Maceió informou, nesta quinta-feira (7), que o afundamento do solo onde está localizada a mina da Braskem no bairro do Mutange chegou a 2 metros de profundidade e continua sob risco de colapso. De acordo com o órgão, a última medição feita no local indica que o movimento de terra na região foi de 5,2 cm nas últimas 24 horas.
Nesta tarde, o ritmo do deslocamento do solo passou de 0,25 cm/h para 0,21 cm/h. Apesar de ter registrado a segunda redução consecutiva, a Defesa Civil afirma que ainda não é possível dizer que o solo está se estabilizando por conta da variação constante entre aumento e desaceleração. O solo no local cedeu 2,02m desde o dia 30 de novembro até hoje.
Dentre os bairros impactados pela exploração de minas, estão: Mutange, Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto e Farol.
ENTENDA A SITUAÇÃO DE MACEIÓ
A instabilidade no solo de Maceió foi causada pela extração de sal-gema do subsolo e ocasionou o afundamento de cinco bairros. Essas localidades foram ou estão sendo parcialmente desocupadas.
Após a extração do minério, as minas ficaram cheias com um líquido químico que vazou, formando vários desabamentos. Os tremores seriam também relacionados a acomodação do solo, a partir dos deslocamentos no subsolo.
A prefeitura de Maceió e a Baskem fecharam um acordo em julho deste ano, assegurando ao município uma indenização de R$ 1,7 bilhão por conta do afundamento dos bairros. O caso teve início em 2018, data do primeiro tremor ocorrido, e prejudicou mais de 60 mil moradores.
De acordo com o órgão, os recursos serão destinados à realização de obras estruturantes na cidade e à criação do Fundo de Amparo aos Moradores (FAM).