Um estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional para o Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis da China sugere que a variante Ômicron teria se desenvolvido inicialmente em animais, antes de infectar seres humanos. As informações são do portal Metrópoles.
Conforme a pesquisa, publicada no Journal of Biosafety and Biosecurity, os primeiros hospedeiros da Ômicron foram provavelmente foram os ratos. Posteriormente, a variante sofreu mutações e somente depois contaminou humanos. Desde a identificação da Ômicron, cientistas tentam descobrir onde a cepa pode ter surgido.
“A análise dos dados da Ômicron revelou um elevado número de mutações concentradas na proteína spike (especificamente na região dos receptores obrigatórios), e que a variante tem cinco locais de mutação adaptados ao rato. Em conjunto, os dados sugerem que a Ômicron pode ter evoluído neste hospedeiro”, diz o estudo.
Evolução por hospedeiro não-humano
Os resultados de uma análise genética revelaram que a variante não estava presente em um ramo evolutivo intermediário. Isso significa que a Ômicron pode ter evoluído em um hospedeiro não-humano.
O “perfil de mutação mostra que o vírus se adaptou para infectar as células dos ratos. Além disso, a árvore filogenética escalonada no tempo mostra que as linhagens Ômicron e Gama circulavam provavelmente em meados de 2020, o que suporta a hipótese de que a cepa possa ter evoluído em uma espécie animal não-humana”, declarou o autor do estudo, Jianguo Xu, à plataforma Eurekalert.
O cientista acredita que, ao longo do tempo, o coronavírus acumulou lentamente mutações em ratos, antes de ser transmitido de volta aos seres humanos.
“Se determinarmos que a Ômicron foi derivada de ratos, as implicações da sua circulação entre hospedeiros não humanos colocarão novos desafios na prevenção e controle da epidemia”, alerta Jianguo Xu.