O que é PMMA? Veja os riscos da substância que causou inchaço no rosto da influenciadora Maíra Cardi

A esposa de Thiago Nigro deve passar por cirurgia para retirada da substância em breve

A influenciadora Maíra Cardi, de 41 anos, revelou que deverá passar por um procedimento cirúrgico para a retirada de polimetilmetacrilato (PMMA) do rosto. "O meu corpo rejeitou", contou ela ao relatar ter feito aplicação sem saber do risco da substância. Agora, conta Maíra, o rosto tem apresentado inchaço frequente e o tratamento para a retirada a impede de engravidar. 

"Tem uma bola aqui. Quando eu sorrio, isso tudo é duro e faz parte do polimetilmetacrilato. Isso tudo é dele, mas eu não coloquei tudo isso. O meu corpo rejeitou, como o de várias pessoas faz. O corpo cria como se fosse uma proteção e inflama", explicou a influenciadora em vídeo. 

O tema foi citado por ela após internautas questionarem sobre o inchaço em fotos, levantando boatos de que ela estaria grávida do marido, Thiago Nigro, de 34 anos.

Maíra, então, explicou porque uma cirurgia será necessária para reverter a aplicação da substância. O PMMA é conhecido por não ser reabsorvível pelo organismo.

"Isso faz com que você vá perdendo a circulação e necrosando. É muito irresponsável dos profissionais fazer esse procedimento. Por conta disso, não posso fazer nada. Há muitos anos, meu dermatologista não coloca nada no meu rosto. Vou ter que fazer uma cirurgia e arrancar um pedaço da bochecha, porque está gravíssimo", continuou Maíra no relato. 

Outros famosos também já relataram problemas com o tratamento, como foi o caso de Andressa Urach e Carol Marra. Em julho de 2024, a influenciadora Aline Maria Ferreira faleceu após aplicar polimetilmetacrilato (PMMA) em uma clínica de Goiânia (GO) com o objetivo de aumentar os glúteos

O que é o PMMA?

O polimetilmetacrilato, que dá nome à sigla PMMA, é um componente plástico utilizado em diversas áreas da saúde e outros setores produtivos. Alguns exemplos de produtos, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que têm aplicação dele são as lentes de contato, implantes de esôfago, cimento ortopédico, entre outros.

Ele é utilizado para o preenchimento cutâneo, com uso específico por profissionais habilitados, aponta a agência. Nessas situações, o PMMA é utilizado em microesferas, numa forma semelhante ao gel, mas é necessário registro na Anvisa, já que se trata de um produto de uso em saúde da classe IV (máximo risco).

Vale ressaltar que o PMMA não é reabsorvível pelo organismo. Conforme a Anvisa, ele pode ser utilizado para tratamento de alterações, como irregularidades e depressões no corpo. No entanto, não é indicado para aumento de volume estético e para grandes áreas do corpo justamente por ser um composto plástico e permanente.