A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta quinta-feira (23) a interdição e o recolhimento de lotes de medicamentos que contém Losartana. Foi verificado que a impureza "azido" está presente em uma concentração acima do "limite de segurança aceitável" nos remédios.
A losartana é um dos medicamentos contra a hipertensão e insuficiência cardíaca mais utilizados no Brasil. A medida preventiva, contudo, não significa que os pacientes devem interromper o tratamento.
>>> Confira a lista completa dos lotes que serão recolhidos.
Segundo a Anvisa, o prazo máximo para que o recolhimento dos lotes seja finalizado é de até 120 dias da data de publicação da resolução da agência (23/06/2022).
O que fazer caso tenha em casa um lote afetado?
O tratamento deve continuar, mas é necessário conversar com seu médico em caso de dúvidas ou futuras orientações.
"A hipertensão e insuficiência cardíaca exigem acompanhamento constante e qualquer alteração no tratamento deve ser feita somente pelo médico que acompanha o paciente. Deixar de tomar o medicamento pode trazer riscos para a saúde do paciente", alerta a agência.
A Anvisa pontua que é preciso ainda entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do laboratório do medicamento, para se informar sobre a troca de lote.
Os meios para contato com as empresas estão disponíveis na embalagem e bula dos produtos.
O que são impurezas azido?
São substâncias que surgem durante o processo de fabricação do insumo farmacêutico ativo. Eles tem potencial mutagênico.
Por que a Anvisa recolheu os lotes?
É uma medida preventiva, executada após a realização de análises dos produtos no mercado brasileiro. Os fabricantes foram notificados por determinação da Anvisa.
O que houve?
O primeiro indício do azido na losartana foi em setembro de 2021. Desde então, a agência adota medidas para garantir os padrões de qualidade. Os laboratórios foram notificados.
"Diante dos resultados recebidos, foram avaliados diversos aspectos, dentre eles a segurança do produto e o impacto de um possível desabastecimento desse produto no mercado, considerando que a losartana é o anti-hipertensivo e uma das medicações para insuficiência cardíaca mais utilizado no Brasil", explicou a Anvisa.