PM e esposa são alvos de operação contra esquema de tráfico de drogas em postos de combustíveis no CE

Um policial militar (PM) e sua esposa foram alvos de uma operação contra tráfico de drogas em uma rede de postos de combustíveis em Canindé, no interior do Ceará. O PM Francisco André Gomes Ferreira foi preso, mas sua companheira, Maria Aurinete Gomes Queiroz, é considerada foragida da Justiça, pois há um mandado de prisão preventiva contra ela. 

A força-tarefa foi deflagrada nesta sexta-feira (23) pela Delegacia de Assuntos Internos (DAI), da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) e pelo Ministério Público do Ceará (MPCE). A CGD informou, por meio de nota, que a operação resultou no cumprimento de 8 mandados de busca e apreensão. 

Conforme a Controladoria, durante a operação foram confiscados aparelhos celulares, uma arma de fogo ilegal e dinheiro em espécie pertencente aos envolvidos. As ações duraram todo dia de sexta e foram concluídas no fim da tarde nas cidades de Fortaleza e Canindé.

O casal seria mentor de um "esquema sofisticado de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro", que os gerou um "vultoso patrimônio", conforme revelou o promotor de Justiça Jairo Pereira Pequeno Neto.

Veja também

Segurança

Lamborghini, Porsche e lancha: quadrilha luxava com esquema de pirâmide e golpes no CE

Segurança

PM baleado com outros policiais em Fortaleza é preso no hospital por liderar organização criminosa

Segurança

Mulheres suspeitas de furtos em farmácias são presas pela Guarda Municipal de Fortaleza

Segurança

PMs acusados de agredir mulheres em Carnaval no interior do Ceará são afastados das funções

Esquema criminoso 

Segundo as investigações, a rede de postos era utilizada como camuflagem para atividades ilícitas, como a comercialização de drogas e associação para o tráfico. Um frentista de um dos postos chegou a ser preso em flagrante portando entorpecentes que seriam vendidos. 

Ainda segundo o promotor Jairo Pequeno Neto, a operação descobriu que o agente de segurança colocou Maria Aurinete como "laranja" do esquema, pois o nome dela aparecia somente na "propriedade formal dos empreendimentos". A mulher já possui uma condenação por tráfico de drogas. 

A CGD informou ainda que a Justiça autorizou o confisco de veículos de luxo e a suspensão das atividades de um posto de combustíveis, que, segundo as investigações, foram adquiridos como produto dos crimes cometidos.