Três homens foram presos logo após a morte de um integrante de uma facção criminosa rival, em Fortaleza, na noite do último domingo (28). O trio estava na posse de duas armas de fogo (uma delas com uma lanterna tática) e um veículo roubado e é suspeito de matar o rapaz motivado por vingança.
Conforme informações da Polícia Militar do Ceará (PMCE) e documentos obtidos pelo Diário do Nordeste, Antônio Ariclébio Freitas de Souza, Davi Medeiros de Melo e Marcelo Queiroz do Nascimento são suspeitos de matar a tiros Francisco Gabriel Alves da Silva, de 21 anos, na Rua São Brás, no bairro Barroso, por volta de 22h30.
A Polícia Militar foi acionada e se deslocou de imediato para o local do crime. Com informações sobre o veículo utilizado no crime e a rota de fuga, policiais militares do 16º Batalhão de Polícia Militar (16º BPM) iniciaram as buscas pelos criminosos.
Um veículo semelhante, modelo Hyundai HB20 e cor branca, foi visto na BR-116. A viatura policial começou a perseguição e conseguiu abordar o automóvel na Rua Santa Clara de Assis, próximo ao Terminal de Ônibus da Messejana.
Com o trio, foram apreendidas duas pistolas municiadas - uma calibre 380 (com uma lanterna tática) e uma calibre Ponto 40 - uma balaclava e dois aparelhos celulares. Os PMs descobriram que o veículo estava com as placas adulteradas e que tinha queixa de roubo.
Briga entre facções motivou crime
Os suspeitos foram levados ao 30º Distrito Policial, da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), onde foram autuados em flagrante por homicídio.
Ao ser interrogado na Delegacia, Marcelo do Nascimento, de 19 anos, confessou o crime, que integra uma facção cearense nova e que ele e os comparsas mataram Francisco Gabriel porque ele integrava uma facção criminosa de origem carioca. As duas facções disputam territórios para o tráfico de drogas em Fortaleza.
Marcelo alegou ainda que a vítima tirou a vida de um amigo seu, no ano de 2020. E que Gabriel tentou matá-lo há um mês, na localidade do Tancredo Neves.
Davi de Melo, 23, preferiu se manter em silêncio quando foi interrogado durante o auto de prisão em flagrante. Já Antônio Ariclébio, 21, negou que integra uma facção criminosa, mas admitiu que dirigia o carro para os outros dois suspeitos matarem Francisco Gabriel.