O homem apontado como principal suspeito de assassinar a esposa e a própria filha de oito meses, na madrugada do último domingo (23), em uma casa de veraneio em Paracuru, possuía um arsenal com 10 armas de fogo de diferentes calibres.
Além do revólver 38 usado no crime, a Polícia localizou outras nove armas na casa do suspeito, no bairro do Cocó. Segundo a Polícia, o homem não possuía porte e teria ganhado o arsenal como herança de seu avô.
O gaúcho Marcelo Barberena Moraes, 37 anos, que é pai e esposo das vítimas, está preso na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), suspeito de homicídio triplamente qualificado. O homem prestou depoimento na DHPP até o início da madrugada desta segunda-feira (24), juntamente com seu irmão, o médico Rafael Moraes, 37 anos, e a cunhada Ana Carolina.
De acordo com a delegada Socorro Portela, que está à frente das investigações, os depoimentos apresentaram divergências. A delegada informou que o homem nega o crime.
A titular da DHPP está com o celular da vítima que supostamente tem uma conversa em um grupo da família no aplicativo WhatsApp, onde Marcelo Barberena pede desculpas a uma tia pela morte da filha e da esposa. O telefone a casa onde os corpos foram encontrados serão novamente periciados e auxiliarão na andamento do inquérito.
O crime
A mulher, identificada como Adriana Moura de Pessoa Carvalho Moraes, foi morta com um tiro na cabeça. A bebê Jade Pessoa de Carvalho Moraes, de oito meses, foi encontrada com um tiro nas costas. A Perícia Forense informou que a bala atravessou o corpo e foi encontrada no chão, próximo ao berço da criança.
Os corpos de Adriana e Jade estão sendo velados nesta manhã em uma funerária no bairro Dionísio Torres. De acordo com os familiares, o sepultamento será realizado no Cemitério Parque da Paz, no bairro Castelão.