Um policial militar foi preso em flagrante, suspeito de incendiar um carro na cidade do Crato, no Cariri, na madrugada desta quinta-feira (20). De acordo com a dona do veículo, a ação ocorreu após ela fazer críticas em redes sociais à paralisação de grupos de policiais do Estado. O policial recebeu liberdade provisória após audiência de custódia e responderá em liberdade.
Um outro policial participou da ação e foi identificado, mas ainda não foi detido.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o PM foi detido por policiais civis da Delegacia Regional do Crato. Ele foi preso em casa, após ter sido identificado por imagens de uma câmera de segurança. O carro foi incendiado.
A paralisação de grupos de policiais iniciada na terça-feira (18). No município de Juazeiro do Norte, na Região do Cariri, 42 viaturas estavam paradas na manhã desta quinta, no Centro da cidade. Além dos carros da polícia, há um caminhão do Corpo de Bombeiros e um veículo da Polícia Rodoviária Estadual do Ceará (PRE-CE) também parada, com os pneus esvaziados. No local também havia cerca de 400 homens encapuzados que dizem ser policiais, todos de braços cruzados.
Envio da Força Nacional
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, autorizou nesta quarta, o envio da Força Nacional para o Ceará "a fim de proteger a população cearense, em razão de movimento paredista por parte das polícias estaduais do Ceará". O envio será feito nesta quinta e deve permanecer no estado por 30 dias, conforme portaria assinada por Sergio Moro. “A operação terá o apoio logístico do órgão demandante, que deverá dispor da infraestrutura necessária à Força Nacional de Segurança Pública”, detalha a portaria.
O envio ocorre em meio ao motim de policiais militares que reivindicam aumento salarial. Um projeto que tramita na Assembleia Legislativa do Ceará aumento o salário de um soldado militar de R$ 3,2 mil para R$ 4,5 mil, em reajuste progressivo até 2022.