A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) concluiu que o professor apontado em redes sociais como responsável por estuprar uma criança em uma escola municipal de Fortaleza em março deste ano não tem participação no crime. Conforme a corporação divulgou nesta quarta-feira (29) em nota, ele não será indiciado, mas as investigações seguem para encontrar a pessoa culpada, e o inquérito segue em andamento.
O caso foi divulgado em março deste ano, após a mãe da criança de cinco anos fazer uma denúncia. A violência sexual ocorreu no interior da instituição de ensino infantil, no bairro Bonsucesso.
Após a divulgação da denúncia, um grupo de mães chegou a fazer um protesto na escola exigindo a prisão do professor culpado. Nas redes sociais, fotos, nomes e dados pessoais do docente acusado começaram a circular, fazendo com que ele recebesse ameaças de morte e tivesse sua casa invadida e vandalizada.
A Polícia Civil segue em investigação por meio da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca) da PCCE.
Família denuncia ameaças
Ao Diário do Nordeste, a advogada do professor, Leila Barbosa, afirma que eles fizeram Boletim de Ocorrência pelo crime de ameaça, e aguardam os desdobramentos.
Segundo ela, o docente segue afastado de suas atividades na escola onde trabalha e está em tratamento psicológico por conta do que passou desde que a denúncia foi feita. A advogada informou, entretanto, que a instituição demonstrou apoio a ele, e já entrou em contato com familiares para prestar apoio.
Ainda conforme Leila Barbosa, a casa onde o profissional de educação morava teve móveis, eletrodomésticos e até documentos importantes como o certificado de conclusão da Licenciatura em Pedagogia e Pós-Graduação furtados. No B.O, ele citou que estava com medo de ser morto.
Entenda o caso
Segundo uma mãe, sua filha de cinco anos foi vítima de estupro em uma escola municipal de ensino infantil do bairro Bonsucesso. Ela denunciou o caso após a criança demonstrar medo em ir ao banheiro e sair sangue ao fazer xixi.
No dia 27 de março, uma equipe de mediação da Secretaria Municipal de Educação (SME) foi à escola para realizar os atendimentos necessários. Também esteve presente, no local, a Célula de Segurança Escola, onde atuam guardas municipais.
"Ela estava sentindo dor e disse que ia sair sangue. O primeiro relato dela foi de que um amigo tinha passado a mão nas partes íntimas dela", detalhou a mãe à TV Verdes Mares. Após suspeitas, os pais levaram a filha para uma médica, que confirmou o estupro. O processo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
"Fez o exame e foi realmente constatado", acrescentou a mãe. Diante da confirmação, a menina deu características do agressor e como ocorreu o crime. "Disse que saiu sozinha da sala para ir beber água e esse monstro atraiu ela e fez essa maldade".