Oito policiais militares foram presos preventivamente suspeito de receber propina para acobertar o funcionamento de bingos e casas de jogos ilegais em Fortaleza. Também foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão na capital cearene e na cidade de Cariré durante a Operação Bet, deflagrada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE).
"Os alvos foram dois tenentes, ou seja, dois oficiais da Polícia Militar do Estado do Ceará, e seis praças", afirma Rinaldo Janja, promotor de Justiça e coordenador do Gaeco.
O Ministério Público afirma que os policiais militares investigados são suspeitos de fornecer proteção e acobertarem o funcionamento das casas de jogos ilegais na capital cearense em troca do recebimento de propinas. Além disso, os agentes também repassariam à organização criminosa responsável pela jogatina informações sobre futuras ações policiais para coibir a prática ilegal.
O cumprimento dos mandados conta com o apoio da Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol), órgão da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS), e do Comando Geral da Polícia Militar do Estado do Ceará.
Caso a participação dos policiais seja comprovada, os agentes podem responder por crime contra a economia popular, corrupção ativa e passiva e também por integrarem organização criminosa.
Investigações
De acordo com o Ministério Público, as investigações sobre o caso tiveram início em novembro de 2018 e contaram com o apoio da SSPDS. As primeiras informações e provas foram levantadas quando o Gaeco apurava o envolvimento de policiais militares com facções criminosas.
A Operação "Bet" foi batizada com este nome porque a palavra "bet" em latim significa aposta.