Médica sofre sequestro-relâmpago ao lado de posto de saúde no São João do Tauape, em Fortaleza

Caso foi registrado no dia 19 de junho, mas divulgado na última sexta (12)

Uma médica residente sofreu um sequestro-relâmpago no bairro São João do Tauape, em Fortaleza, nas proximidades do Posto de Saúde Irmã Hercília. As informações, confirmadas pelo Sindicato dos Médicos do Ceará, apontam que o crime ocorreu no dia 19 de junho, mas o caso foi exposto na última sexta-feira (12).

O sindicato não deu detalhes do ocorrido ou sobre o que teria sido levado da profissional na ocasião. No entanto, afirmou ter enviado ofício ao secretário de Saúde de Fortaleza, Galeno Taumaturgo, solicitando medidas de segurança no local e nos demais postos da Capital.

"Temos alertado diversas vezes a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza para o aumento da violência no entorno e dentro das unidades de saúde constantemente, mas, infelizmente, as medidas adotadas não têm sido suficientes para inibir a criminalidade", apontou o presidente do Sindicato dos Médicos, Max Ventura.

A entidade aponta que tem recebido denúncias frequentes sobre a violência nas adjacências de postos de saúde, ponto que seria preocupante no que diz respeito à segurança dos profissionais atuantes em Fortaleza.

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) informou, em nota, que investiga o sequestro da médica. "O caso foi noticiado pela vítima por meio de um Boletim de Ocorrência Eletrônico (BOE) e transferido para o 4º Distrito Policial (4º DP), delegacia que realiza diligências com o intuito de elucidar os fatos", diz a pasta. 

Posição da secretaria de Saúde

Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza confirmou o caso, afirmando que um boletim de ocorrência foi registrado pela médica residente. A pasta informa ter se solidarizado com a vítima diante do caso de violência.

O órgão ainda reforça que é realizado continuamente um "trabalho multissetorial com os responsáveis pela segurança pública da Capital, visando identificar soluções para fortalecer a segurança nas unidades de saúde".

"Além disso, segue com as políticas do Programa Acesso Mais Seguro para Serviços Públicos Essenciais (AMS), desenvolvido pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que busca mitigar as consequências da violência armada para os profissionais e para a população atendida", pontua a SMS.

No mesmo posicionamento, a secretaria citou o trabalho realizado pela Guarda Municipal, que seria responsável por realizar rondas nos postos de saúde. Atualmente, diz a pasta, a GMF também atua nos perímetros de 14 Células de Proteção Comunitária nos bairros Jangurussu, Vila Velha, Canindezinho, Barra do Ceará, Goiabeiras, Caça e Pesca, Bonsucesso, Comunidade Pôr do Sol (Messejana), Pan Americano, Mondubim, Vicente Pinzón, na Praia de Iracema, no Centro (na Praça da Lagoinha) e José Walter.