O judiciário cearense aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) contra quatro homens acusados de participação na chacina registrada em Monsenhor Tabosa, que se tornaram réus na última quinta-feira (30). O grupo teve a quebra do sigilo telefônico e de troca de mensagens autorizada pela Justiça.
Francisco Romário Lima Pereira, Vítor Hugo Alves da Silva, Edson Bezerra Pereira e Pedro Juscelino da Silva Rodrigues foram denunciados à Justiça. Os mandados de citação e de intimação dos réus foram expedidos na mesma ocasião.
O crime aconteceu no dia 24 de maio, quando 4 pessoas foram assassinadas no bairro Alto da Boa Vista, na cidade do interior do Ceará. As vítimas eram dois adolescentes de 14 anos e dois homens, um de 40 e outro de 70 anos.
Além deles, três pessoas ficaram feridas: duas crianças, de 10 e 11 anos de idade, e uma jovem de 18 anos. No mesmo dia, oito pessoas foram presas com munições, armas de fogo e artefatos explosivos.
Mais investigações
Conforme a denúncia, os réus tiveram os dados telefônicos, de informática e de telemática, como troca de mensagens de WhatsApp e Telegram disponibilizados para a investigação.
Além disso, a Justiça aceitou o pedido feito pelo MPCE para que a Delegacia Municipal de Monsenhor Tabosa apure informações específicas sobre o caso. Confira o que deve ser investigado:
- O roubo de duas motos no dia 23 de maio de 2022, às 9h, na cidade de Monsenhor Tabosa, possivelmente, praticado pelo grupo acusado;
- O homicídio que vitimou Jairo Teixeira de Araújo;
- O homicídio que vitimou a pessoa até então identificada somente como Carlim;
- A participação de Samara, irmã de Francisco Romário Lima Pereira, na chacina, "pois, se extrai dos autos que foi ela quem viabilizou a fuga dos denunciados para a cidade de Fortaleza através dos serviços do aplicativo Uber";
- O homicídio que vitimou Francisco Douglas Silva Timóteo e João de Sousa Bezerra, no dia 3 de maio de 2022, na localidade de Grota Verde, zona rural de Tamboril.