Jovem presa por comprar diploma na internet para realizar cirurgias plásticas é solta em 24h no Ceará

Jovem de 19 anos foi abordada pelos policiais civis no momento em que tentava se registrar como médica no CREMEC. Ela havia comprado o diploma falso por R$ 10 mil.

Uma jovem de 19 anos foi presa em flagrante pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE), em Fortaleza, na última quinta-feira (25), por suspeita de comprar um diploma falso de médica na internet para realizar cirurgias plásticas. Entretanto, nesta sexta (26), menos de 24 horas após a prisão, a suspeita foi solta pela Justiça Estadual, em audiência de custódia.

Maria Eduarda Nunes de Oliveira foi abordada pelos policiais civis no momento em que tentava se registrar como médica no Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec), com um diploma falso.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a denúncia foi recebida pelo 27º DP (Henrique Jorge). "Apurações apontam que o diploma falso teria sido comprado pela internet, já que a unidade de ensino, do qual ela apresentou o documento, não oferece esse tipo de graduação. Diante disso, os policiais civis foram até o endereço indicado, onde a mulher foi localizada", detalhou a Pasta.

A Polícia Civil suspeita que o diploma falso foi foi comprado por cerca de R$ 10 mil. Maria Eduarda foi levada à Delegacia e autuada pelo crime de estelionato.

"As investigações acerca deste caso continuam, com foco em identificar outros envolvidos nos crimes de falsificação e venda de diplomas falsos pela internet", completou a SSPDS.

Ao ser questionada na Delegacia, Maria Eduarda confessou o crime e alegou que procurou falsificar o documento para "se exibir como médica e atuar na área estética".

Suspeita foi solta em audiência de custódia

Menos de 24 horas depois da prisão em flagrante, Maria Eduarda Nunes de Oliveira foi solta pela 17ª Vara Criminal - Vara de Audiências de Custódia, com aplicação de medidas cautelares, apesar de o juiz reconhecer que "a prova da materialidade e os indícios suficientes de autoria, encontram-se evidenciados pelos elementos de prova".

"No caso dos autos, não há a possibilidade de enquadramento em nenhuma dashipóteses legais admitidas da prisão preventiva; além do fato de ser o acusado primário epossuir residência fixa; sendo possível a aplicação de outras medidas cautelares diversas daprisão", justificou o magistrado.

A suspeita de 19 anos terá que comparecer mensalmente à sede da Central de Alternativas Penais; está proibida de requentar bares e estabelecimentos similares e demaislocais onde haja consumo de bebida alcoólica e demais drogas ilícitas; e proibida de se ausentar da Comarca de Fortaleza.